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Cinema norteia toda a carreira do secretário
DA REPORTAGEM LOCAL
O pôster de "Deus e o Diabo
na Terra do Sol", de Glauber
Rocha, na parede do gabinete
de Carlos Augusto Calil, aponta
para o vínculo mais forte em
sua carreira: o cinema.
Professor na USP desde 87,
onde leciona sobre a história
audiovisual brasileira, sua
atuação mais recorrente está ligada às telas. Foi vice-presidente da Comissão de Cinema da
Secretaria de Estado da Cultura, de 77 a 79, diretor e presidente da Embrafilme, de 79 a
86, e diretor da Cinemateca
Brasileira, de 87 a 92.
Seu cargo mais recente, antes
do governo Serra, foi como diretor do Centro Cultural São
Paulo, na gestão de Marta Suplicy. "Muita gente acha que
sou petista, mas, quando os petistas tinham que decidir algum assunto, fechavam a porta
e só participava quem era do
partido. Mas não vou desfazer
do governo anterior, a cultura
precisa de uma acumulação."
O momento mais dramático
foi quando participou do governo Paulo Egydio Martins
(1975-1979): "Foi um constrangimento trabalhar durante o
assassinato do Vlado [o jornalista Vladimir Herzog]".
(FCY)
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