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Seu Jorge reinterpreta músicas de Kraftwerk e Michael Jackson
Cantor deixa samba-rock de lado e lança disco nos EUA e Canadá
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
Seu Jorge precisou sair do
Brasil para "experimentar"
um tipo de música que não
combina com o "artista popular" que se tornou no país.
O cantor escolheu EUA e
Canadá para lançar "Seu Jorge and Almaz", CD de reinterpretações que mistura Jorge Ben, Tim Maia, Kraftwerk
e Michael Jackson e que nada
tem a ver com seu último disco, "América Brasil" (2007).
Ainda assim, os brasileiros
que ocuparam a maior parte
do Terminal 5, em Nova York,
na última sexta-feira, pareciam esperar por um show de
samba-rock que não veio.
"A demanda popular tem
a expectativa de que você
mantenha o que já funcionou", diz Seu Jorge à Folha,
após a apresentação em NY.
O público "acaba fiscalizando". "O legal é experimentar
outras coisas, para suavemente participar da educação musical das pessoas."
"Seu Jorge and Almaz",
que pode ser baixado por
US$ 9,99 (R$ 18) no site seujorgealmaz.com, "aconteceu por acaso", conta ele.
"O [compositor] Antonio
Pinto estava fazendo, com o
Pupilo e o Lúcio [Maia, ambos da Nação Zumbi], a trilha
do último filme do Walter
[Salles], "Linha de Passe", e
me convidou para cantar
uma música. Depois do expediente deles, dentro do estúdio já montado, decidimos
gravar um disco."
Em uma semana, as 12 músicas (de "Saudosa Bahia",
Noriel Vilela, a "The Model",
Kraftwerk) estavam prontas
para a pós-produção.
Questionado sobre quando o álbum será lançado no
Brasil, Seu Jorge responde
que ainda é preciso passar
"por Oceania e Ásia".
"Porque a gente sabe que o
aproveitamento [no exterior]
é outro. Sinto dizer, mas o
aproveitamento realmente é
diferente."
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