São Paulo, sábado, 02 de setembro de 2000


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PANORÂMICA
CINEMA
Manuel de Oliveira filma a palavra do padre Antonio Vieira com Lima Duarte
Com "Palavra e Utopia", do cineasta português Manoel de Oliveira, Lima Duarte voltou ontem às telas de Veneza. Estivera no festival há três anos em "A Ostra e o Vento", de Walter Lima Jr. O ator vive agora o padre jesuíta Antonio Vieira (1608-1697) em seus últimos anos.
Oliveira escalou três intérpretes para "as três identidades" de Vieira. Ricardo Trepa faz o jovem, Luís Miguel Cintra interpreta com brilho o Vieira maduro e Duarte esbanja carisma e energia como o ancião. Questionado se tinha visto a versão de Júlio Bressane em "Sermões", Duarte disse: "Pedi o roteiro para o Bressane. O filme dele é fundamentalmente experimentalista. O Oliveira fez um filme mais clássico. Nosso "Palavra e Utopia" é mais a palavra e menos a utopia do Bressane".
Trata-se de um filme estático, estruturado a partir de escritos de Vieira. Cintra e Duarte têm solos notáveis, aqui e ali há uma composição imagética de tirar o fôlego, mas a ênfase transferiu-se da imagem para o som, um "português imaginário", para reconstruir a língua comum perdida do século 17. (AMIR LABAKI, ENVIADO ESPECIAL A VENEZA)


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