São Paulo, sábado, 02 de setembro de 2000


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CINEMA
Se ação for aprovada, cineasta teria 24 horas para pagar
Financiadora de Fontes entra com ação para cobrança de R$ 3,8 mi

DA SUCURSAL DO RIO

A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos, órgão do Ministério de Ciência e Tecnologia) quer que Guilherme Fontes, diretor de "Chatô, o Rei do Brasil", após ser citado, pague em 24 horas a dívida de R$ 3.784.257,24 que tem com a instituição, referente a dois empréstimos feitos entre novembro de 97 e abril de 98.
Os advogados da Finep pedem que o pagamento seja feito em 24 horas a partir da citação dos réus -ou seja, no caso de o juiz acatar o pedido, o prazo passa a contar a partir da notificação de Fontes por um oficial de Justiça.
Os advogados também querem que, caso a dívida não seja paga em 24 horas, seja feita a penhora dos bens dados em garantia, avaliados em R$ 2.145.495,81. A Finep deu entrada na ação na tarde de quarta-feira pelo juiz Luiz Paulo da Silva Araújo Filho.
No processo, são citados os dois cheques dados como garantia, que depois foram devolvidos em troca da receita da venda de documentários da série "500 Anos de História do Brasil" e da bilheteria de "Chatô, o Rei do Brasil" até R$ 590 mil. A série e o filme não foram concluídos.

Outro lado
Procurado pela Folha, Fontes disse que pretende transferir a conta para o Ministério da Cultura. "Ninguém entendeu nada, nem a Finep nem o ministério. Se você é um cineasta, quer comprar uma câmera ou um telecine e não tem dinheiro, manda projeto para o Ministério da Cultura, que pode aprovar em 30 dias. Se demorar, você pode pedir um financiamento e comprar o equipamento. Quando o incentivo do ministério sair, você pode pagar o financiamento com a renúncia fiscal. É completamente legal." (CG)



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