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CINEMA
Se ação for aprovada, cineasta teria 24 horas para pagar
Financiadora de Fontes entra com ação para cobrança de R$ 3,8 mi
DA SUCURSAL DO RIO
A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos, órgão do Ministério de Ciência e Tecnologia) quer
que Guilherme Fontes, diretor de
"Chatô, o Rei do Brasil", após ser
citado, pague em 24 horas a dívida de R$ 3.784.257,24 que tem
com a instituição, referente a dois
empréstimos feitos entre novembro de 97 e abril de 98.
Os advogados da Finep pedem
que o pagamento seja feito em 24
horas a partir da citação dos réus
-ou seja, no caso de o juiz acatar
o pedido, o prazo passa a contar a
partir da notificação de Fontes
por um oficial de Justiça.
Os advogados também querem
que, caso a dívida não seja paga
em 24 horas, seja feita a penhora
dos bens dados em garantia, avaliados em R$ 2.145.495,81. A Finep deu entrada na ação na tarde
de quarta-feira pelo juiz Luiz Paulo da Silva Araújo Filho.
No processo, são citados os dois
cheques dados como garantia,
que depois foram devolvidos em
troca da receita da venda de documentários da série "500 Anos de
História do Brasil" e da bilheteria
de "Chatô, o Rei do Brasil" até R$
590 mil. A série e o filme não foram concluídos.
Outro lado
Procurado pela Folha, Fontes
disse que pretende transferir a
conta para o Ministério da Cultura. "Ninguém entendeu nada,
nem a Finep nem o ministério. Se
você é um cineasta, quer comprar
uma câmera ou um telecine e não
tem dinheiro, manda projeto para
o Ministério da Cultura, que pode
aprovar em 30 dias. Se demorar,
você pode pedir um financiamento e comprar o equipamento.
Quando o incentivo do ministério
sair, você pode pagar o financiamento com a renúncia fiscal. É
completamente legal."
(CG)
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