São Paulo, quinta-feira, 02 de setembro de 2004

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FESTIVAL DE VENEZA

Diretor inaugurou ontem o evento

Spielberg separa "O Terminal" de política de imigração dos EUA

DA REDAÇÃO

Steven Spielberg e Tom Hanks, convidados especiais do Festival de Veneza, tentaram ontem distanciar ao máximo o filme "O Terminal" -dirigido pelo primeiro, protagonizado pelo segundo- das críticas feitas aos Estados Unidos atualmente por causa de sua política de imigração.
No longa, Hanks interpreta um passageiro de um país dos Balcãs que é impedido de embarcar em Nova York por problemas burocráticos e acaba por "viver" dentro do aeroporto da cidade.
"O cinema é uma forma de fuga da realidade, e hoje em dia nos sentimos obrigados a oferecer essa fuga", afirmou Spielberg em entrevista coletiva em Veneza.
Em um momento, um repórter fez brincadeira com Hanks -assumidamente um democrata- sobre George W. Bush. O jornalista perguntou ao ator, que estrelou o blockbuster "O Resgate do Soldado Ryan", se ele "teria planos de realizar uma seqüência, a "O Resgate do Soldado Bush", e como seria o final". Tom Hanks brincou: "Ele [Bush] nunca foi um soldado", referindo-se à polêmica carreira militar de Bush durante a Guerra do Vietnã.

Celebridades
Em sua 61ª edição, o Festival de Veneza, tenta uma aproximação de Hollywood e de seu mundo de celebridades -coisa insinuada também pelo "concorrente" Festival de Cannes.
O evento deste ano tem um novo diretor, o italiano Marco Müller. O antigo, Moritz de Hadeln, deu uma alfinetada no sucessor ao comentar o fato de o festival ter sido inaugurado pelo filme de Spielberg, que está em cartaz nos EUA há dois meses. "Na minha época, 99% dos filmes exibidos eram premières mundiais."
Já estão em Veneza os "atores-celebridades" Denzel Washington, John Travolta e Meryl Streep e o diretor Quentin Tarantino. São esperados ainda Robert De Niro, Angelina Jolie, Will Smith e Al Pacino. Entre os filmes que serão exibidos, estão "Eros" (Michelangelo Antonioni), "Sob o Domínio do Mal" (Jonathan Demme) e "La Demoiselle d'Honneur" (Claude Chabrol).


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