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FESTIVAL DE VENEZA
Diretor inaugurou ontem o evento
Spielberg separa "O Terminal" de política de imigração dos EUA
DA REDAÇÃO
Steven Spielberg e Tom Hanks,
convidados especiais do Festival
de Veneza, tentaram ontem distanciar ao máximo o filme "O
Terminal" -dirigido pelo primeiro, protagonizado pelo segundo- das críticas feitas aos Estados Unidos atualmente por causa
de sua política de imigração.
No longa, Hanks interpreta um
passageiro de um país dos Balcãs
que é impedido de embarcar em
Nova York por problemas burocráticos e acaba por "viver" dentro do aeroporto da cidade.
"O cinema é uma forma de fuga
da realidade, e hoje em dia nos
sentimos obrigados a oferecer essa fuga", afirmou Spielberg em
entrevista coletiva em Veneza.
Em um momento, um repórter
fez brincadeira com Hanks -assumidamente um democrata-
sobre George W. Bush. O jornalista perguntou ao ator, que estrelou
o blockbuster "O Resgate do Soldado Ryan", se ele "teria planos
de realizar uma seqüência, a "O
Resgate do Soldado Bush", e como
seria o final". Tom Hanks brincou: "Ele [Bush] nunca foi um soldado", referindo-se à polêmica
carreira militar de Bush durante a
Guerra do Vietnã.
Celebridades
Em sua 61ª edição, o Festival de
Veneza, tenta uma aproximação
de Hollywood e de seu mundo de
celebridades -coisa insinuada
também pelo "concorrente" Festival de Cannes.
O evento deste ano tem um novo diretor, o italiano Marco Müller. O antigo, Moritz de Hadeln,
deu uma alfinetada no sucessor
ao comentar o fato de o festival ter
sido inaugurado pelo filme de
Spielberg, que está em cartaz nos
EUA há dois meses. "Na minha
época, 99% dos filmes exibidos
eram premières mundiais."
Já estão em Veneza os "atores-celebridades" Denzel Washington, John Travolta e Meryl Streep
e o diretor Quentin Tarantino.
São esperados ainda Robert De
Niro, Angelina Jolie, Will Smith e
Al Pacino. Entre os filmes que serão exibidos, estão "Eros" (Michelangelo Antonioni), "Sob o
Domínio do Mal" (Jonathan
Demme) e "La Demoiselle
d'Honneur" (Claude Chabrol).
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