São Paulo, sexta-feira, 02 de setembro de 2005

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CRÍTICA

"Coisa de Mulher" segue fórmula da TV

COLUNISTA DA FOLHA

Pegue cinco estereótipos femininos e coloque todos os seus exemplares morando no mesmo prédio. Adicione a participação de um quarentão "meio canalha, meio sensível". E, claro, coloque no enredo uma redação de revista feminina formada por uma chefe boazinha e uma lésbica tarada. Adicione algumas pitadas de humor estilo "A Praça é Nossa" e está pronta uma comédia sobre o universo feminino.
Essa é a fórmula do filme "Coisa de Mulher", primeira empreitada do SBT Filmes e estréia de Adriane Galisteu como atriz de cinema.
Escrito pela diretora Eliana Fonseca e pelas integrantes do grupo Grelo Falante, também atuando, o longa, na maioria do tempo, aposta no humor fácil, com direito a cenas como Evandro Mesquita vestido de mulher no programa de Hebe Camargo.
Assim como nos programas de humor da TV aberta, a história aposta nos estereótipos. Existe a mineira com sotaque carregado, a virgem louca para casar, a mulher que quer engravidar, a divorciada com sede de vingança, a dona-de-casa infeliz que não faz sexo.
"Mulher é carente", parece bradar o filme. E, por isso, nada como a presença de um homem bom de cama e disposto a conversar.
Tal papel é interpretado por Evandro Mesquita, jornalista decadente que se vê escrevendo em uma revista feminina com o pseudônimo de uma mulher.
Alguns toques moderninhos dão roupagem liberada para o filme, como o gosto das mulheres por vibradores que "falam frases de amor". São as sacadas mais interessantes, os momentos em que o filme se distancia das fórmulas.


Coisa de Mulher
 
Direção: Eliana Fonseca
Produção: Brasil, 2005
Com: Adriane Galisteu, Evandro Mesquita
Quando: a partir de hoje nos cines Multicine Fiesta, Internacional Guarulhos e circuito


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