São Paulo, quarta-feira, 02 de setembro de 2009

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CONEXÃO POP

Bem-vindo, anos 1990


Bandas como The Pains of Being Pure at Heart e livro de Nick Hornby dialogam com a década passada


THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

TCHAU, ANOS 1980. Que bom te rever, anos 1990. Adeus synthpop, Duran Duran, teclados faraônicos. Olá, grunge, trip hop, guitarras altas, Faith No More.
Será que já há clima para um revival da década passada? Parece que sim, e não apenas no Brasil.
As guitarras melódicas e barulhentas que caracterizavam as bandas "shoegaze" de Reino Unido/Irlanda, como My Bloody Valentine, estão presentes em novos nomes como a norte-americana The Pains of Being Pure at Heart (www.myspace.com/thepainsofbeingpureatheart), dona da climática "Higher than the Stars".
O altíssimo show do My Bloody Valentine, baseado nas faixas do clássico "Loveless", foi recebido com pompa no Coachella, em abril deste ano. Já no não menos gigantesco Reading, ocorrido na semana passada na Inglaterra, um dos grupos mais elogiados foi o redivivo Faith No More -que, é bom lembrar, estará, ao lado do contemporâneo Jane's Addiction, no festival Maquinaria, em SP, em 7/11.
Outro festival que acontece em 7/11 em SP, o Planeta Terra, receberá o explosivo Primal Scream, que entre 1991 e 2000 fez quatro discos essenciais: "Screamadelica", "Give Out But Don't Give Up", "Vanishing Point" e "XTRMNTR".
Será que o trip hop produzirá novamente bons estragos na música eletrônica? Aposto que sim, se depender de "Splitting the Atom", faixa do Massive Attack que já está sendo tocada em rádios antenadas.
O Oasis morreu? Tudo bem, o Blur ressuscitou.

 

Quer coisa mais anos 1990 do que Van Damme? Pois o ator belga parece ter trocado a pancadaria pela autoparódia. Em "JCVD", Van Damme interpreta Van Damme, um ator de filmes de ação decadente e sem dinheiro que é confundido com os bandidos que roubam uma agência de correio.
Van Damme tira sarro dele mesmo, de John Woo ("Você o levou para Hollywood e ele vira as costas para você", diz um dos personagens), de Steven Seagal (que roubou um papel de Van Damme porque "cortou a trancinha"). "JCVD" saiu direto em DVD. Vá atrás.

 

E Nick Hornby volta ao seu melhor -a obsessão masculina por algo aparentemente sem importância, esqueleto de "Febre de Bola" e "Alta Fidelidade", lançados quando mesmo?- com "Juliet, Naked", que sai nesta semana na Europa.
A história: Duncan e Annie são casados há anos. Ele tem uma paixão: Tucker Crowe, cantor que lançou "Juliet" em 1986. Após esse disco, Crowe deu um belchior e sumiu. Reaparece com uma versão de "Juliet" que traz faixas bônus e tal.
Duncan fica furioso porque Annie ouve o disco antes que ele. Em um site, Duncan elogia o ídolo sem parcimônia. Annie faz o mesmo, mas criticando o álbum sem dó. E então Crowe entra em contato com... Annie.

thiago.ney@uol.com.br


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