São Paulo, sexta-feira, 02 de setembro de 2011

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CRÍTICA BIOGRAFIA

Sem grandes novidades, trabalho serve como panorama da carreira do diretor

ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA

Não é à toa que os filmes de Roman Polanski trazem uma visão um tanto macabra e pessimista do mundo.
Estamos falando de um sujeito que passou a juventude fugindo de nazistas e comunistas, que perdeu a mãe num campo de concentração e que teve a mulher, Sharon Tate, assassinada pelos seguidores de Charles Manson.
Em "Polanski - Uma Vida", Christopher Sandford, autor de biografias de Kurt Cobain, Mick Jagger e Steve McQueen, tenta descobrir o que move Polanski, há décadas considerado um dos cineastas mais geniais, egocêntricos e imprevisíveis do planeta.

PANORAMA
O livro não traz grandes revelações nem informações inéditas, mas serve como um eficiente panorama da carreira conturbada do diretor. Roman Polanski sempre foi um "outsider": saiu da Polônia ainda jovem, escorraçado pelos críticos. Conquistou a Europa e tornou-se um ícone da "swinging London" de 1960.
Depois foi para a América e conquistou Hollywood, só para sair de lá fugido após a acusação de estupro de uma menor, em 1977, num processo que ainda o impede de voltar aos Estados Unidos. Polanski não quis dar entrevistas a Christopher Sandford, mas o biógrafo entrevistou amigos e colaboradores para compor um painel abrangente.
Há histórias curiosas sobre seu perfeccionismo e obsessão por detalhes e relatos sobre as filmagens de suas maiores obras, como "O Bebê de Rosemary" (1968) e "Chinatown" (1974).
A imagem que fica é a de um artista obstinado e genioso, "um pequeno canalha", como dizia carinhosamente a atriz Ruth Gordon.


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