São Paulo, sexta-feira, 02 de setembro de 2011 |
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CRÍTICA COMÉDIA Produção fica acima da média das comédias nacionais atuais RICARDO CALIL CRÍTICO DA FOLHA "O Homem do Futuro" é filho de "Redentor" (2004) com "A Mulher Invisível" (2009) -os três realizados por Claudio Torres. De "A Mulher Invisível", o novo filme herda a ideia de brincar com uma situação clássica do cinema fantástico dentro da estrutura da comédia romântica: ali um ser que não pode ser visto por outros; aqui um homem que viaja no tempo. Em "O Homem do Futuro", o solitário cientista Zero (Wagner Moura) cria uma máquina que o faz voltar 20 anos no tempo, até a noite em que foi humilhado pelo seu grande amor (Alinne Moraes). Ele terá a chance de corrigir o passado para melhorar o presente, mas perceberá que as implicações são mais complexas do que imaginava. De "Redentor", vem esse desejo de falar de temas mais "nobres", em geral evitados pelas nossas comédias populares: no antigo filme, corrupção e ética no Brasil; no novo, a questão moral das escolhas individuais. Ao encontrar o equilíbrio entre diversão e ambição, Torres realiza seu melhor filme até aqui, embora a necessidade de sublinhar muitas vezes o sentido de sua história denote uma falta de confiança no poder de compreensão do público. Ainda assim, "O Homem do Futuro" fica acima da baixa média das nossas comédias recentes voltadas ao grande público -de "Cilada.com" a "De Pernas pro Ar". Ah, sim: o fato de contar com um ator (Moura) que empresta verdade a três versões do mesmo personagem e que encontra um tom diferente para a interpretação de cada um deles ajuda -e muito. O HOMEM DO FUTURO DIREÇÃO Claudio Torres PRODUÇÃO Brasil, 2011 COM Wagner Moura, Alinne Moraes e Gabriel Braga Nunes ONDE nos cines Anália Franco, Eldorado Cinemark e circuito CLASSIFICAÇÃO 12 anos AVALIAÇÃO regular Texto Anterior: Wagner Moura interpreta três personagens e ainda canta Próximo Texto: FOLHA.com Índice | Comunicar Erros |
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