São Paulo, Quinta-feira, 02 de Setembro de 1999
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FILMES - INÁCIO ARAUJO

PÁSSAROS 2 - O ATAQUE FINAL
SBT, 14h. (Birds 2 - Land's End). EUA, 1994, 87 min. Direção: Alan Smithee. Com Brad Johnson, Chelsea Field. O diretor Rick Rosenthal recusou-se a assinar essa sequência de "Os Pássaros", optando pelo pseudônimo usado tradicionalmente nessas circunstâncias. Tinha por quê. Não faz sentido dar continuidade à história dos pássaros de Hitchcock. Melhor seria passar o original. Avaliação:  

TUBARÃO 3
Globo, 15h30. (Jaws 3). EUA, 1983, 97 min. Direção: Joe Alves. Com Dennis Quaid, Louis Gossett Jr., Bess Armstrong. Tubarão ataca os turistas no Sea World, Flórida. Nada acrescenta de significativo à saga das mandíbulas ferozes criada por Spielberg. Avaliação:  

A MALDIÇÃO
Record, 21h45. (Thinner). EUA, 1997, 105 min. Direção: Tom Holland. Com Robert John Burke, Joe Mantegna. Cigana joga praga fatal sobre um advogado, mudando seu corpo, sua alma e sua vida. Adaptação de história de Stephen King. Avaliação:  

INTERCINE
Globo, 0h25. "Corações em Trânsito" (1995, de Bryan Gordon, com Josh Charles, Anne Heche) ou "Billy Bathgate - O Mundo a Seus Pés" (1991, de Robert Benton, com Dustin Hoffman, Bruce Willis, Nicole Kidman).

CONSCIÊNCIAS MORTAS
Bandeirantes, 1h45. (The Ox-Bow Incident). EUA, 1943, 75 min. Direção: William A. Wellman. Com Henry Fonda, Dana Andrews, Anthony Quinn. O linchamento, essa instituição tão americana, é questionada por esse faroeste magnífico. Na história, uma cidadezinha prende, julga e enforca três inocentes como responsáveis por roubo de gado. Não eram. Algumas pessoas que se opuseram ao julgamento sumário tratam de levantar a verdade. O filme em si é econômico, seco, frio e, por tudo isso, uma obra-prima. O assunto em si é importante, até no Brasil atual). P&B. Legendado. Avaliação:     

A CASA DA RÚSSIA
Globo, 2h20. (The Russian House). EUA, 1990, 122 min. Direção: Fred Schepisi. Com Sean Connery, Michelle Pfeiffer, Roy Scheider, James Fox. Espionagem confusa, envolvendo uma garota russa (Pfeiffer), planos secretos de defesa da URSS e um bon vivant (Connery), convidado pelos britânicos a fazer espionagem em Moscou. Ele resiste, até que vê a foto de Pfeiffer e decide topar a parada, não por Sua Majestade, mas disposto a uma paquera. Não faz muito sentido, a rigor, mas é meio assim. Avaliação:  

TV PAGA
"Miramar" é um Bressane sem paixão

da Redação

Que Julio Bressane é um cineasta importante, não há dúvida. Mais que isso, é talentoso, cultíssimo, inteligentíssimo. Mas Bressane poderia ser mais? Poderia. Falta algo a seu cinema que pode se chamar acessibilidade. Exemplo: "Miramar" (Canal Brasil, 21h).
É tão ampla e inextricável a teia de referências ali tecida que o filme perde a capacidade de falar com o espectador. Ele submete o espectador, coloca-se acima dele.
Em filmes mais apaixonados ("Os Sermões") isso não acontece: o desejo de revelar o padre Vieira triunfa sobre tudo. Há diálogo.
"Miramar" é quase um monólogo em que a idéia de cinema experimental, mais do que esclarecer, parece obscurecer o todo. (IA)


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