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Crítica
Enérgico, Franz Ferdinand deixa claro que está no momento ideal
Grupo escocês se apresenta para público pequeno em boate de São Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL
Há bandas que crescem
demais muito rapidamente e não se sustentam. Há bandas que criminosamente permanecem pequenas por toda a vida. Em
show anteontem em São Paulo,
o grupo escocês Franz Ferdinand transmitiu a sensação de
estar no melhor momento de
sua fase de crescimento.
O quarteto se apresentou para 1.300 pessoas na The Week.
O clube estava não cheio, mas
abarrotado. O Franz está crescendo. Tanto que eles já anunciaram uma série de shows no
Brasil em março de 2010 -em
São Paulo, será no Via Funchal,
para 6.000 pessoas.
Com três discos nas costas
-o último lançado neste ano-,
a banda não é mais um nome
indie com canções dançantes
que ganham remixes para as
pistas, como em 2005, 2006.
O FF tornou-se um nome estabelecido, com músicos que
conhecem os atalhos para colocar o público nas mãos.
O vocalista Alex Kapranos
brinca com os fãs, pede para o
povo balançar os braços, comanda um coro de vozes. O guitarrista Nick McCarthy chega a
subir num balcão lateral para
se aproximar das pessoas que
se apertam na parte de trás.
Em 90 minutos de música, a
euforia esteve onipresente
quase durante todo o tempo.
De "No You Girls", a primeira, a
"Turn It On", a penúltima, o FF
construiu um clima dançante e
enérgico, com guitarras dialogando com teclados new wave.
A banda fechou com o épico
"Lucid Dreams", faixa que começa disco-punk e termina
apoteoticamente eletrônica.
Pouco antes do show, Kapranos conversou com a Folha.
Questionado se gostaria que a
banda crescesse muito mais,
respondeu: "Até agora, tudo
aconteceu de forma natural.
Nada foi forçado. Se crescermos ainda mais dessa maneira,
não vejo problema".
Em 2010, após os shows no
país, o FF encerra a turnê. Depois, grava CD. E aí terão crescido quanto?
(THIAGO NEY)
Avaliação: ótimo
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