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MÚSICA ERUDITA
Hoje e sábado a orquestra apresenta a "Sinfonia nš 3" do compositor austríaco, com Marilyn Schmiege
Osesp entra em novembro com Mahler
JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Osesp (Orquestra Sinfônica
do Estado) entra com o pé direito
em sua programação de novembro, interpretando hoje e sábado a
densa "Sinfonia nš 3", de Gustav
Mahler (1860-1911).
Imergir nesse compositor é para
o conjunto sinfônico reformulado
há três anos uma espécie de
aprendizado.
Mas o que ocorre indiretamente
é também um gesto de generosidade de repertório para os mahlerianos de São Paulo.
Em abril último, a orquestra interpretou a "Sinfonia nš 4", sob a
regência de Roberto Minczuk, seu
diretor artístico adjunto, e, em setembro, em programa levado à
turnê que fez ao Peru e à Argentina, a "Sinfonia nš 6", regida pelo
diretor artístico John Neschling.
Os apreciadores de Mahler também puderam ouvir em maio,
sem sair de São Paulo, a "Sinfonia
nš 9", com a Filarmônica de Berlim, sob a direção de Claudio Abbado, e, no começo de outubro, a
"Sinfonia nš 1" e a "Sinfonia nš 7",
com a Sinfônica de Chicago, regida por Daniel Barenboim.
Para sua quinta incursão no
universo sinfônico do compositor
austríaco -no ano passado foram executadas a "Quinta" e a
"Sétima"-, a Orquestra Sinfônica do Estado, regida hoje por Roberto Minczuk, terá como solista
a mezzo-soprano norte-americana Marilyn Schmiege.
Trará também, e pela primeira
vez, o Coro Infantil (61 crianças
entre 8 e 14 anos), formado como
corpo da orquestra no primeiro
semestre, sob a direção de Teruo
Yoshida.
Também se apresentarão as vozes femininas do Coral Sinfônico
do Estado, regido por Naomi Munakata.
No programa da semana que
vem -Wagner e Alban Berg-,
Neschling também terá como solista uma cantora estrangeira, a
soprano australiana Elisabeth
Whitehouse.
Será um concerto de um germanismo refinado, com as canções
"Altenberg" e "Wesendonck", e
ainda o desfecho de "Tristão e
Isolda", que, ao final do próximo
milênio, deverá ser considerada a
mais bela peça vocal feminina do
milênio que se encerra.
Maestro austríaco
Nos dias 16 e 18, a Orquestra
Sinfônica do Estado estará sob a
regência do maestro austríaco
Günter Neuhold.
Além da "Sinfonia nš 3" de
Mendelssohn, e trazendo como
solista a austríaca Emma
Schmidt, estará no programa o
"Concerto para Piano e Orquestra" de um dos mais instigantes
nomes da música russa contemporânea, Alfred Schnittke (1934-1998), infelizmente pouquíssimo
interpretado no Brasil.
No mesmo programa, as "Variações sobre um Tema Brasileiro", de Francisco Braga (1868-1945), que é o autor do "Hino à
Bandeira" e de quem a Orquestra
Sinfônica do Estado interpretou,
em 1998, a ainda quase desconhecida ópera "Jupyra".
Neuhold rege ainda o programa
seguinte, dos dias 23 e 25, tendo
como solista Jeremy Menuhin no
"Concerto nš 2 para Piano e Orquestra", de Beethoven.
Por fim, no programa do dia 30,
e novamente com a regência de
Neschling, a orquestra interpreta,
de Chostakovich, o "Concerto nš 1
para Violoncelo e Orquestra",
com o solista Thorleif Thedéen.
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