São Paulo, segunda, 2 de novembro de 1998

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ARTES PLÁSTICAS
Última grande retrospectiva aconteceu em 1967 no MoMA; mostra traz 106 pinturas, 49 desenhos e 3 esculturas
Pollock volta a Nova York 30 anos depois

MARCELO DIEGO
de Nova York

Jackson Pollock (1912-1956) é considerado pelos críticos como o mais influente pintor norte-americano do século. Mesmo assim, a última exposição significativa do artista nos EUA aconteceu há 31 anos, no MoMA (Museu de Arte Moderna), em Nova York.
Até o dia 2 de fevereiro, o mesmo museu exibe 106 pinturas, 49 desenhos e três esculturas do artista, na maior retrospectiva de Pollock desde 1967.
"A imagem mítica de Pollock, idealizado como alcoólatra, rebelde, às vezes esconde o significado do próprio trabalho", disse Kirk Varnedoe, curador da mostra.
Pollock nasceu em Wyoming, em 1912, mudando-se para Nova York em 1930 para estudar pintura. Suas primeiras influências foram de artistas regionalistas.
Nos anos 40, teve contato com o trabalho de Picasso e passou a ser influenciado pela pintura abstrata. O resultado está em obras como "Guardians of the Secret" e "Male and Female".
Em 1945, Pollock se casou e mudou para Long Island.
Começou então sua fase expressionista. Com a mistura de técnicas, foi reconhecido pela crítica como um dos poucos norte-americanos que podiam fazer frente à produção européia.
A exposição mostra Pollock em capas das principais revistas norte-americanas, como a "Time" e a "Life".
Pollock era alcoólatra e morreu num acidente de carro, em 1956.
O MoMA estará mostrando os dois últimos trabalhos do artista, "Blue Poles" e "Portrait and a Dream".
Desde 1967 que nenhuma mostra regular de seu trabalho é organizada. A última exibição também havia acontecido no MoMA.
Segundo os curadores, a exibição (que se chama simplesmente "Jackson Pollock") visa aproximar jovens e crianças do trabalho do artista.
"A exposição vai permitir aos visitantes descobrir novos impactos sobre a arte de Pollock", disse Varnedoe.
Depois do MoMA, a seleção dos trabalhos seguirá para a Tate Gallery, em Londres.
Quem visitar a mostra em Nova York poderá comprar um CD com 17 clássicos de jazz escolhidos por Pollock. Ele acreditava que o jazz era a única coisa realmente criativa produzida pelos EUA.



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