|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ARTES PLÁSTICAS
Última grande retrospectiva aconteceu em 1967 no MoMA; mostra traz 106 pinturas, 49 desenhos e 3 esculturas
Pollock volta a Nova York 30 anos depois
MARCELO DIEGO
de Nova York
Jackson Pollock (1912-1956) é
considerado pelos críticos como o
mais influente pintor norte-americano do século. Mesmo assim, a última exposição significativa do artista nos EUA aconteceu há 31
anos, no MoMA (Museu de Arte
Moderna), em Nova York.
Até o dia 2 de fevereiro, o mesmo
museu exibe 106 pinturas, 49 desenhos e três esculturas do artista, na
maior retrospectiva de Pollock
desde 1967.
"A imagem mítica de Pollock,
idealizado como alcoólatra, rebelde, às vezes esconde o significado
do próprio trabalho", disse Kirk
Varnedoe, curador da mostra.
Pollock nasceu em Wyoming,
em 1912, mudando-se para Nova
York em 1930 para estudar pintura. Suas primeiras influências foram de artistas regionalistas.
Nos anos 40, teve contato com o
trabalho de Picasso e passou a ser
influenciado pela pintura abstrata.
O resultado está em obras como
"Guardians of the Secret" e "Male
and Female".
Em 1945, Pollock se casou e mudou para Long Island.
Começou então sua fase expressionista. Com a mistura de técnicas, foi reconhecido pela crítica como um dos poucos norte-americanos que podiam fazer frente à produção européia.
A exposição mostra Pollock em
capas das principais revistas norte-americanas, como a "Time" e a
"Life".
Pollock era alcoólatra e morreu
num acidente de carro, em 1956.
O MoMA estará mostrando os
dois últimos trabalhos do artista,
"Blue Poles" e "Portrait and a
Dream".
Desde 1967 que nenhuma mostra
regular de seu trabalho é organizada. A última exibição também havia acontecido no MoMA.
Segundo os curadores, a exibição
(que se chama simplesmente
"Jackson Pollock") visa aproximar
jovens e crianças do trabalho do
artista.
"A exposição vai permitir aos visitantes descobrir novos impactos
sobre a arte de Pollock", disse Varnedoe.
Depois do MoMA, a seleção dos
trabalhos seguirá para a Tate Gallery, em Londres.
Quem visitar a mostra em Nova
York poderá comprar um CD com
17 clássicos de jazz escolhidos por
Pollock. Ele acreditava que o jazz
era a única coisa realmente criativa
produzida pelos EUA.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|