São Paulo, Quinta-feira, 02 de Dezembro de 1999


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PATRIMÔNIO
Costa do Descobrimento, na BA, e área de parques na divisa de SP e PR também recebem título
Diamantina é tombada pela Unesco

PAULO PEIXOTO
RANIER BRAGON

da Agência Folha, em Belo Horizonte

A histórica cidade mineira de Diamantina, localizada na porta do Vale do Jequitinhonha (a 290 km de Belo Horizonte), é a sexta cidade brasileira com um rico conjunto arquitetônico e urbanístico a ser tombado pelo patrimônio histórico da humanidade.
A reunião da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) que aprovou o título a Diamantina aconteceu ontem, em Marrocos, apurou a Agência Folha.
Além da cidade mineira, foram tombados a Costa do Descobrimento -área formada por três parques nacionais, uma reserva biológica e duas áreas privadas na região de Porto Seguro, no sul da Bahia- e um conjunto de parques nos municípios de Iguape, Cananéia e Peruíbe, na divisa de São Paulo com o Paraná.
A proclamação oficial dos novos patrimônios históricos da humanidade no Brasil será feita até sábado, dia do encerramento da reunião da Unesco.
Diamantina é a segunda cidade mineira a ser tombada pela Unesco. A primeira foi Ouro Preto, em setembro de 1980.
A escolha de Diamantina era esperada porque, em março, em Paris, a cidade mineira obteve unanimidade no parecer técnico elaborado para concorrer ao título. Os 25 conselheiros do Icomos (Conselho Internacional de Monumentos, Cidades e Sítios Históricos) aprovaram a candidatura da cidade mineira, entre 57 projetos de vários países.
A aceitação unânime, já naquele mês, foi um passo importante para que o conselho da Unesco proclamasse Diamantina patrimônio cultural da humanidade.
O Icomos é uma organização não-governamental que emite todos os pareceres técnicos para a Unesco, a partir das candidaturas apresentadas. Essa ONG está presente em 87 países, com cerca de 6.000 associados
Diamantina foi o único projeto de cidade histórica a obter a unanimidade dos conselheiros do Icomos, segundo a presidente da ONG no Brasil e vice-presidente do conselho consultivo internacional da organização, Suzana Cruz Sampaio, que participou em Paris da votação dos projetos apresentados.
Dos 57 projetos, 12 eram de cidades. Dessas, apenas cinco se classificaram e disputaram os votos dos 21 conselheiros da Unesco -o Brasil não tem representação nesse conselho.
Além de Diamantina, concorreram as cidades de San Cristobal de La Laguna, nas Ilhas Canárias (território da Espanha), Campech (México), Graz (Áustria) e Vigan (Vietnã).
As outras unanimidades foram para três monumentos gregos, que guardam ruínas da Guerra de Tróia: Micenas, Tirinto e Patmós.


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