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PATRIMÔNIO
Costa do Descobrimento, na BA, e área de parques na divisa de SP e PR também recebem título
Diamantina é tombada pela Unesco
PAULO PEIXOTO
RANIER BRAGON
da Agência Folha, em Belo Horizonte
A histórica cidade mineira de
Diamantina, localizada na porta
do Vale do Jequitinhonha (a 290
km de Belo Horizonte), é a sexta
cidade brasileira com um rico
conjunto arquitetônico e urbanístico a ser tombado pelo patrimônio histórico da humanidade.
A reunião da Unesco (Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura) que
aprovou o título a Diamantina
aconteceu ontem, em Marrocos,
apurou a Agência Folha.
Além da cidade mineira, foram
tombados a Costa do Descobrimento -área formada por três
parques nacionais, uma reserva
biológica e duas áreas privadas na
região de Porto Seguro, no sul da
Bahia- e um conjunto de parques nos municípios de Iguape,
Cananéia e Peruíbe, na divisa de
São Paulo com o Paraná.
A proclamação oficial dos novos patrimônios históricos da humanidade no Brasil será feita até
sábado, dia do encerramento da
reunião da Unesco.
Diamantina é a segunda cidade
mineira a ser tombada pela Unesco. A primeira foi Ouro Preto, em
setembro de 1980.
A escolha de Diamantina era
esperada porque, em março, em
Paris, a cidade mineira obteve
unanimidade no parecer técnico
elaborado para concorrer ao título. Os 25 conselheiros do Icomos
(Conselho Internacional de Monumentos, Cidades e Sítios Históricos) aprovaram a candidatura da cidade mineira, entre 57
projetos de vários países.
A aceitação unânime, já naquele mês, foi um passo importante
para que o conselho da Unesco
proclamasse Diamantina patrimônio cultural da humanidade.
O Icomos é uma organização
não-governamental que emite todos os pareceres técnicos para a
Unesco, a partir das candidaturas
apresentadas. Essa ONG está presente em 87 países, com cerca de
6.000 associados
Diamantina foi o único projeto
de cidade histórica a obter a unanimidade dos conselheiros do
Icomos, segundo a presidente da
ONG no Brasil e vice-presidente
do conselho consultivo internacional da organização, Suzana
Cruz Sampaio, que participou em
Paris da votação dos projetos
apresentados.
Dos 57 projetos, 12 eram de cidades. Dessas, apenas cinco se
classificaram e disputaram os votos dos 21 conselheiros da Unesco
-o Brasil não tem representação
nesse conselho.
Além de Diamantina, concorreram as cidades de San Cristobal
de La Laguna, nas Ilhas Canárias
(território da Espanha), Campech (México), Graz (Áustria) e
Vigan (Vietnã).
As outras unanimidades foram
para três monumentos gregos,
que guardam ruínas da Guerra de
Tróia: Micenas, Tirinto e Patmós.
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