da Agência Folha, em Belo Horizonte


O parecer técnico sobre Diamantina foi submetido ao Icomos em Paris, que enviou ao Brasil um membro canadense da organização não-governamental para confirmar os dados.
A história tem como cerne a exploração fechada de diamantes, desviados para a Índia antes de chegarem à Europa. Assim, a Coroa Portuguesa manteve desconhecida as jazidas de diamantes azulados. Foi por isso também que o local não foi elevado à condição de cidade pelos portugueses (era o Arraial do Tejuco).
Diamantina apresenta características urbanísticas diferentes de centros como Ouro Preto e Olinda. A inexistência de pelourinho e cadeia e as igrejas com apenas uma torre são exemplos disso.
Mas foram levadas em conta também as obras modernistas de Oscar Niemeyer, como o Hotel Tejuco e o complexo esportivo.
A música do barroco mineiro composta pelos mulatos foi outra característica da região que fortaleceu a candidatura da cidade mineira. Segundo a representante do Icomos no Brasil, Suzana Sampaio, a música dos mulatos do ciclo do diamante -que ela mostrou em discos na reunião de Paris- encantou os conselheiros da ONG.


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