São Paulo, domingo, 02 de dezembro de 2007

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Crítica/"Zodíaco"

Suspense exige entrega incomum do espectador

PEDRO BUTCHER
CRÍTICO DA FOLHA

"Zodíaco" pode ser visto como um filme longo e confuso, que dá voltas e voltas para chegar a lugar nenhum. Mas a complexidade dramática e a extensa duração (2h38) são aspectos fundamentais da própria estrutura montada pelo roteirista James Vanderbilt, habilmente conduzida às telas pelo diretor David Fincher.
Trata-se da história de um serial killer que apavorou São Francisco nos anos 60 e 70, sem jamais ser capturado. Essa história será contada pelos olhos de um policial (Mark Ruffallo) e de um jornalista (Robert Downey Jr). Quando desistem, um tímido cartunista (Jake Gyllenhaal) assume a investigação e escreve um livro que cobre o caso à exaustão.
Com um estilo seco e direto, diferente do filme que o tornou famoso ("Seven - Os Sete Crimes Capitais"), Fincher monta um labirinto que exige do espectador uma entrega incomum. Ele convida o público a se solidarizar com a agonia dos protagonistas, mergulhar no desconhecido e sair do cinema sem a certeza de um final confortável. "Zodíaco" é um dos melhores filmes destse ano.
O DVD traz depoimentos interessantes do diretor e dos atores, bem como entrevistas com os personagens dessa história (principalmente Robert Graysmith, o autor do livro que deu origem ao roteiro, interpretado por Gyllenhaal).


ZODÍACO
Distribuição:
Warner (R$ 49, em média)
Avaliação: ótimo



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