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POLÍTICA CULTURAL
Verba tem aumento de R$ 11 mi em relação ao ano passado
Banco do Brasil investirá R$ 46 mi
RICARDO WESTIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco do Brasil anunciou ontem que os investimentos em seus
centros culturais subirão de R$ 35
milhões, valor do ano passado,
para R$ 46 milhões neste ano.
"O aumento da rentabilidade
do banco nos permitiu aumentar
os recursos destinados à cultura",
afirmou Henrique Pizzolato, diretor de marketing e comunicação.
O anúncio da cifra foi feito no
CCBB (Centro Cultural Banco do
Brasil) de Brasília e teve a presença do ministro da Cultura, Gilberto Gil, e do subsecretário de Patrocínios da Secom (Secretaria de
Comunicação de Governo e Gestão Estratégica), Jafete Abrahão.
O Banco do Brasil tem hoje três
centros culturais, em Brasília, São
Paulo e Rio. O quarto CCBB, em
Recife, fica pronto no ano que
vem. No ano passado, 3,7 milhões
de pessoas viram exposições, filmes e peças de teatro nos CCBBs.
Além dos centros culturais, há o
chamado Circuito Cultural Banco
do Brasil, com exposições e espetáculos que percorrem cidades
que não têm um CCBB. De acordo com Pizzolato, esse "CCBB itinerante" deve alcançar 18 cidades
(foram 16 no ano passado).
Apesar da presença do ministro
da Cultura e de um representante
da Secretaria de Comunicação, os
valores investidos em cultura não
têm reforço de nenhum dos dois
órgãos. Eles se limitam a um papel de coordenação para garantir
a diversidade dos projetos aprovados e evitar que haja uma inflação nos custos da área cultural.
"Vocês, artistas, têm de pressionar as empresas estatais e privadas para que liberem mais verbas", afirmou o subsecretário da
Secom, referindo-se ao fato de terem sido aprovados para este ano
apenas 235 dos 2.500 projetos.
"A inscrição pela internet dá
mais transparência ao processo.
Evita o balconismo", disse o ator
Matheus Nachtergaele, que neste
ano apresenta a peça "Aníbal Cinco Minutos", sobre a espera pelo
resultado de um teste de HIV.
Já Gil falou que o setor cultural
"ótimo não está, mas está melhorando" e que, "felizmente", os artistas são sempre "insaciáveis".
"Nunca estão satisfeitos com as
verbas que têm, e isso é ótimo."
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