São Paulo, quarta-feira, 03 de março de 2004

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FILMES

Cheque em Branco
SBT, 14h45.   
(Blank Check). EUA, 1994, 94 min. Direção: Rupert Wainwright. Com Brian Bonsall, Karen Duffy. Depois de atropelar um garoto, ladrão lhe passa um cheque em branco e dá no pé. O cheque era para consertar a bicicleta danificada. O menino o preenche no valor de US$ 1 milhão. O ladrão pira.

Sem Licença para Dirigir
Globo, 15h55.   
(License to Drive). EUA, 1988, 90 min. Direção: Greg Beeman. Com Corey Haim, Corey Feldman. Adolescente reprovado no exame de habilitação sai guiando assim mesmo. Na falta de tragédia, comédia.

O Grande Desafio do Leão Chinês
Record, 22h.   
(Once Upon a Time in China 4). Hong Kong, 94, 102 min. Direção: Yuen Bun. Com Chin Man Cheuk, Mok Siu Chong, Chin Kar Lok. Chin Man Cheuk substitui pela primeira vez a Jet Li como o mestre Wong Fei-Hung, tomado num momento de ruptura da nação chinesa, no início do século 20, em que por um lado existe a desintegração do império, e por outro a ascensão das forças nacionalistas.

Sombras do Passado
SBT, 2h.  
(Lookin" Italian). EUA, 1994, 97 min. Direção: Guy Magar. Com Jay Acovone, Matt Leblanc. Mafioso abandona os negócios, troca Nova York por Los Angeles e vive tranqüilamente, após sofrer acidente. Isso até que um sobrinho começa a querer entrar para o submundo. Feito para TV.

Intercine
Globo, 2h40.
Os candidatos à exibição na quarta são "Brincando com Fogo" (1986, de Duncan Gibbins, com Craig Sheffer, Virginia Madsen) e "Testemunha de Acusação" (1990, de Stephen Gyllenhaal, com Barbara Hershey, Brian Dennehy).

Lone Star - Estrela Solitária
SBT, 3h45.    
(Lone Star). EUA, 1995, 135 min. Direção: John Sayles. Com Chris Cooper, Francis McDormand, Ron Canada. Ao investigar caso de uma ossada que aparece numa cidadezinha do Texas, xerife descobre que seu venerado pai não era tão herói quanto se podia imaginar. Sayles, que não é bobo, aproveita o fato de a ação se passar numa cidade fronteiriça para abordar os conflitos entre americanos e mexicanos. Só para São Paulo.

Um drama que faz rir

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Talvez o nome de Woody Allen chame mais a atenção do que qualquer outra coisa em "Testa-de-Ferro por Acaso" (Cinemax Prime, 16h15). E está certo, pois uma bela opção deste filme de Martin Ritt foi não deixar que a gravidade de seu tema (a caça às bruxas, a lista negra, o anticomunismo doentio do pós-guerra) tome conta de tudo.
Existe dor na história do sujeito que empresta seu nome a um roteirista, para que ele possa ganhar a vida e trabalhar. Existe tragédia -no personagem de Zero Mostel, um ator: atores não tinham como arranjar testas-de-ferro.
Não deixar que o trágico invada tudo e, ao contrário, permitir que o humor se insinue, é o que permite ao filme mostrar o quanto a histeria, em política, pode ser catastrófica -por cômica que possa parecer.

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