São Paulo, quarta-feira, 03 de março de 2004

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Grupo realiza novas parcerias

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma convenção no Teatro da Vertigem é estabelecer parceria com novos criadores. Para o projeto BR-3, foram convidados o escritor Bernardo Carvalho, colunista da Folha, e a pesquisadora Silvia Fernandes (USP).
Carvalho, 43, experimenta a escrita teatral pela primeira vez. Quando convidado, pensou que a trinca Brasilândia, Brasília e Brasiléia formariam uma espécie de alegoria do país. Morador de São Paulo, não tinha ouvido falar no distrito de Brasilândia ou na longínqua Brasiléia acreana. Num segundo momento, se convenceu da proposta e embarcou.
"Não vamos, a priori, com nenhuma teoria do país na cabeça. Inconscientemente, o grupo escolheu três lugares em que essa idéia de identidade está em crise. Brasilândia não tem cidadania, tanto faz ser brasileiro ali ou não; Brasília é uma cidade artificial; e Brasiléia é fronteira, pessoas comuns em territórios diferentes", diz.
Já a pesquisadora Silvia Fernandes, 51, se diz estimulada a integrar a equipe como dramaturgista e responsável pela elaboração dos seminários teóricos que acontecerão ao longo do ano.
"É curioso notar como o Vertigem desenvolve uma abstração maior em seu primeiro espetáculo e depois chega ao Brasil real", afirma. (VS)

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