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Grupo realiza novas parcerias
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma convenção no Teatro da
Vertigem é estabelecer parceria
com novos criadores. Para o projeto BR-3, foram convidados o escritor Bernardo Carvalho, colunista da Folha, e a pesquisadora
Silvia Fernandes (USP).
Carvalho, 43, experimenta a escrita teatral pela primeira vez.
Quando convidado, pensou que a
trinca Brasilândia, Brasília e Brasiléia formariam uma espécie de
alegoria do país. Morador de São
Paulo, não tinha ouvido falar no
distrito de Brasilândia ou na longínqua Brasiléia acreana. Num segundo momento, se convenceu
da proposta e embarcou.
"Não vamos, a priori, com nenhuma teoria do país na cabeça.
Inconscientemente, o grupo escolheu três lugares em que essa idéia
de identidade está em crise. Brasilândia não tem cidadania, tanto
faz ser brasileiro ali ou não; Brasília é uma cidade artificial; e Brasiléia é fronteira, pessoas comuns
em territórios diferentes", diz.
Já a pesquisadora Silvia Fernandes, 51, se diz estimulada a integrar a equipe como dramaturgista
e responsável pela elaboração dos
seminários teóricos que acontecerão ao longo do ano.
"É curioso notar como o Vertigem desenvolve uma abstração
maior em seu primeiro espetáculo e depois chega ao Brasil real",
afirma.
(VS)
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