São Paulo, terça, 3 de março de 1998

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'Diário' une tragédia e comédia

da Reportagem Local

Diogo Vilela é um ator de caminho singular. Tem as suas relações com o teatro besteirol, é um grande comediante na linhagem histórica do teatro carioca, mas não é bem comédia o que busca.
Em "Diário de um Louco", texto que poucos acreditariam dar vazão ao humor, a tragicomédia perseguida pelo ator ganha contorno mais claro do que nunca. Já se viam os sinais dela em peças anteriores, sobretudo no texto de Vicente Pereira em "5 x Comédia".
Os saltos da interpretação entre a tragédia e a comédia, assim como os saltos do personagem Propritchitchine entre a realidade e a fantasia, ocorrem como se não houvesse fronteira. Como se a diferença entre uma e outra só existisse em algum código artificial.
Encenada em teatro de câmara, no Rio, o impacto da interpretação era avassalador. Cada olhar, cada sorriso triste ou traço de angústia era um choque. Em São Paulo, em sala cinco ou seis vezes maior, a montagem será outra. (NS)


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