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'Diário' une tragédia e comédia
da Reportagem Local
Diogo Vilela é um ator de caminho singular. Tem as suas relações
com o teatro besteirol, é um grande comediante na linhagem histórica do teatro carioca, mas não é
bem comédia o que busca.
Em "Diário de um Louco", texto que poucos acreditariam dar
vazão ao humor, a tragicomédia
perseguida pelo ator ganha contorno mais claro do que nunca. Já
se viam os sinais dela em peças anteriores, sobretudo no texto de Vicente Pereira em "5 x Comédia".
Os saltos da interpretação entre
a tragédia e a comédia, assim como os saltos do personagem Propritchitchine entre a realidade e a
fantasia, ocorrem como se não
houvesse fronteira. Como se a diferença entre uma e outra só existisse em algum código artificial.
Encenada em teatro de câmara,
no Rio, o impacto da interpretação era avassalador. Cada olhar,
cada sorriso triste ou traço de angústia era um choque. Em São
Paulo, em sala cinco ou seis vezes
maior, a montagem será outra.
(NS)
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