São Paulo, terça, 3 de março de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice O "ADEUS" DE TERESA "A vez primeira que eu fitei Teresa, / Como as plantas que arrastam a correnteza, / A valsa nos levou nos giros seus... / E amamos juntos... E depois na sala / "Adeus' eu disse-lhe a tremer co'a fala... E ela, corando, murmurou-me: "adeus.' Uma noite... entreabriu-se um reposteiro... / E da alcova saía um cavaleiro / Inda beijando uma mulher sem véus... / Era eu... Era a pálida Teresa! / "Adeus' lhe disse conservando-a presa... E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!' Passaram tempos... sec'los de delírio / Prazeres divinais... gozos do Empíreo... / ...Mas um dia volvi aos lares meus. / Partindo eu disse - "Voltarei!... descansa!...' / Ela, chorando mais que uma criança, Ela em soluços murmurou-me: "adeus!' Quando voltei... era o palácio em festa!... / E a voz d'Ela e de um homem lá na orquestra / Preenchiam de amor o azul dos céus. / Entrei!... Ela me olhou branca... surpresa! / Foi a última vez que eu vi Teresa!... E ela arquejando murmurou-me: "adeus!'" Poema extraído do livro "Espumas Flutuantes", de Castro Alves Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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