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Em entrevista ao som de trilha barulhenta, Ozzy diz que não se aposentará
PAULO SAMPAIO
DA SUCURSAL DO RIO
Antes de entrar em cena,
Ozzy Osbourne, que se apresenta hoje no Rio, costuma
aquecer a voz, fazer um pouco
de bicicleta ergométrica e se
masturbar. "Huahuahuahua!" Ele mesmo ri da piada,
com uma expressão de boneca velha.
A chegada de Osbourne à
entrevista coletiva que acontece no hotel Sheraton, no
Rio, se dá com duas horas de
atraso, ao som de seu último
CD, "Black Rain", que toca
pela segunda vez e agora parece apenas uma barulheira.
Quando ele entra no auditório do hotel, na Barra da Tijuca, ainda aumentam o som.
Osbourne se senta e começa a responder as perguntas.
Diz que foi muito divertido
gravar pela primeira vez sem
estar drogado ou bêbado; comenta a antiga história do
morcego que mordeu no palco ("A vida me levou a isso") e
enrola os cabelos com os dedos cheios de anelões.
Fala que a cantora britânica Amy Winehouse é muito
talentosa e espera não ter colaborado, enquanto roqueiro
e ex-drogado, para a dependência dela da cocaína.
A seguir vem uma série de
perguntas que começam com
"É verdade que...". Ele diz que
não, nunca disse ao ladrão inglês Ronald Biggs, que viveu
no Brasil, preferir morar em
uma cela em Londres do que
no Rio de Janeiro. Também
nega que pretende se aposentar, coisa que já fez mais de
três vezes. "Quando me aposentar, estarei dentro de um
caixão."
O tempo todo olha alternadamente para a intéprete e
para os jornalistas, de boca
aberta e sobrancelhas arqueadas, com um ar aparvalhado.
Perguntam sobre supostos
chutes que ele costumava dar
em seu gato no reality show
"The Osbournes". "Nunca tive gatos. Tenho 18 cachorros,
que amo. A única pessoa que
costumava chutar era minha
mulher."
No fim, ele convida todos
para ir ao show. "Venham, vocês vão se divertir", garante.
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