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Num hotel de luxo, feira de arte mostra lado VIP local
DO ENVIADO A CHARJAH E DUBAI
Contrasta com o silêncio de
Charjah o ruído de Dubai. Em
dois salões de um dos hotéis
mais luxuosos da cidade, 68 galerias do mundo todo se juntaram sob imensos lustres de
cristal e espessos tapetes de veludo para vender arte aos que
ainda têm dinheiro sobrando.
Metade das galerias que vieram no ano passado desistiram
de vir para esta terceira edição,
e novatos ocuparam as vagas
disponíveis, já que o número de
participantes permaneceu o
mesmo -do Brasil, a paulistana Millan não voltou, mas a
gaúcha Bolsa de Arte decidiu
arriscar mais uma vez, levando
obras de Nelson Leirner.
Não faltaram presenças ilustres, sinal do prestígio do evento ou do poder de fogo das listas
de convidados VIP. Na mesma
mesa, entre taças de champanhe financiadas pelo xeique,
jantavam o curador da Bienal
de Veneza e os diretores da Tate, do MoMA e da Art Basel.
No que tange à arte, muita caligrafia árabe e coisas brilhantes: dos refletores metálicos de
Anish Kapoor, à venda por 875
mil libras no estande da Lisson,
às telas douradas do iraniano
Farhad Moshiri, vacas douradas gigantes do indiano Valay
Shende e até algumas réplicas
de metralhadora feitas com
lantejoulas e purpurina.
(SM)
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