São Paulo, terça-feira, 03 de junho de 2008

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Com ficção e documentário, mostra apresenta produção atual de Israel

Festival em SP será aberto hoje para comemorar os 60 anos do Estado israelense

SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA

De acordo com dados de 2005 coletados pelo Filme B, os israelenses vão ao cinema três vezes mais do que os brasileiros (1,4 ingresso per capita por ano lá; 0,5 aqui) e têm um circuito quase cinco vezes maior, proporcionalmente: uma sala para cada 18,4 mil habitantes (contra uma por 90,3 mil no Brasil).
Graças a um ingresso médio de US$ 7,76 (US$ 3,08 no Brasil), a renda anual atinge o expressivo patamar de US$ 74,5 milhões (contra US$ 288,3 milhões aqui). Por outro lado, a produção local ocupa apenas 6,2% do mercado doméstico, enquanto a brasileira oscila em torno de 11%.
Alguns dos filmes por trás desses números serão exibidos na 1ª Mostra Audiovisual Israelense, promovida de hoje até o próximo domingo pelo Centro da Cultura Judaica, com apoio da Embaixada de Israel. É uma rara oportunidade de acompanhar a produção contemporânea do país, em geral restrita a alguns títulos do Festival de Cinema Judaico e da Mostra Internacional de São Paulo.
Organizada em comemoração do 60º aniversário do Estado de Israel, a mostra (veja destaques ao lado) reúne dez longas-metragens de ficção, quatro documentários e seis curtas-metragens realizados por alunos da Escola de Cinema e TV Sam Spiegel, que funciona desde 1990 na área industrial de Jerusalém e seleciona apenas 30 novos alunos por ano.
Serão exibidos também seis episódios da série de TV "Em Terapia" (2006), produzida pela Hot Television de Israel. A boa audiência levou o canal pago HBO a fazer uma versão norte-americana, atualmente em exibição no Brasil, com Gabriel Byrne no papel de um terapeuta que atende a um paciente por episódio (e é atendido por sua terapeuta em outro).
A programação inclui a projeção especial de "A Vida dos Judeus na Palestina" (1913), de Noah Sokolovsky, com acompanhamento musical ao vivo de Livio Tragtenberg. Apresentado pela primeira vez no 11º Congresso Sionista de Viena, em 1913, o filme teve seus negativos originais encontrados em 1997, na Cinemateca Francesa.


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