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Com ficção e documentário, mostra apresenta produção atual de Israel
Festival em SP será aberto hoje para comemorar os 60 anos do Estado israelense
SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA
De acordo com dados de
2005 coletados pelo Filme B, os
israelenses vão ao cinema três
vezes mais do que os brasileiros
(1,4 ingresso per capita por ano
lá; 0,5 aqui) e têm um circuito
quase cinco vezes maior, proporcionalmente: uma sala para
cada 18,4 mil habitantes (contra uma por 90,3 mil no Brasil).
Graças a um ingresso médio
de US$ 7,76 (US$ 3,08 no Brasil), a renda anual atinge o expressivo patamar de US$ 74,5
milhões (contra US$ 288,3 milhões aqui). Por outro lado, a
produção local ocupa apenas
6,2% do mercado doméstico,
enquanto a brasileira oscila em
torno de 11%.
Alguns dos filmes por trás
desses números serão exibidos
na 1ª Mostra Audiovisual Israelense, promovida de hoje até o
próximo domingo pelo Centro
da Cultura Judaica, com apoio
da Embaixada de Israel. É uma
rara oportunidade de acompanhar a produção contemporânea do país, em geral restrita a
alguns títulos do Festival de Cinema Judaico e da Mostra Internacional de São Paulo.
Organizada em comemoração do 60º aniversário do Estado de Israel, a mostra (veja destaques ao lado) reúne dez longas-metragens de ficção, quatro documentários e seis curtas-metragens realizados por
alunos da Escola de Cinema e
TV Sam Spiegel, que funciona
desde 1990 na área industrial
de Jerusalém e seleciona apenas 30 novos alunos por ano.
Serão exibidos também seis
episódios da série de TV "Em
Terapia" (2006), produzida pela Hot Television de Israel. A
boa audiência levou o canal pago HBO a fazer uma versão norte-americana, atualmente em
exibição no Brasil, com Gabriel
Byrne no papel de um terapeuta que atende a um paciente por
episódio (e é atendido por sua
terapeuta em outro).
A programação inclui a projeção especial de "A Vida dos
Judeus na Palestina" (1913), de
Noah Sokolovsky, com acompanhamento musical ao vivo de
Livio Tragtenberg. Apresentado pela primeira vez no 11º
Congresso Sionista de Viena,
em 1913, o filme teve seus negativos originais encontrados em
1997, na Cinemateca Francesa.
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