São Paulo, sexta, 3 de julho de 1998

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Ecstasy salvou o rock britânico

da Reportagem Local

O movimento acid house e sua influência na música conseguiu salvar o rock britânico da falência criativa. Alguns dos álbuns mais inovadores desta década foram concebidos graças às centenas de pílulas de ecstasy consumidas por roqueiros que frequentavam as raves no final da década passada (leia depoimentos ao lado).
A cidade industrial de Manchester era o centro. No lendário clube Hacienda podiam ser vistos integrantes de dois grupos que deram um passo à frente no rock inglês: Stone Roses e Happy Mondays.
Essas bandas se tornaram os pilares do estilo indie dance, que misturava batidas da house e guitarras melódicas do pop britânico.
Mas o Happy Mondays foi além: em 90, convidou o DJ Paul Oakenfold para produzir o álbum "Pills 'n' Thrills and Bellyaches". Oakenfold foi um dos quatro DJs que instituíram o verão do amor de 88.
No ano seguinte, na Escócia, o Primal Scream, banda do ex-baterista do Jesus and Mary Chain, Bob Gillespie, lança um álbum em que todas as letras falam de um único tema: "viajar" com o efeito das drogas lisérgicas.
"Screamadelica" também contou com a produção de um DJ, Andrew Weatherall, que ganhou a confiança da banda depois de transformar a faixa de rock "I'm Losing You More Than I Ever Had" no primeiro hit da banda, o delicioso trip hop "Loaded".
Graças a pioneiros de cabeça aberta como esses grupos, Noel Gallagher, do Oasis, gravou com o Chemical Brothers, o Prodigy conquistou o mundo todo, e a música britânica voltou a respirar como no início dos anos 80. (LF)



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