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Ecstasy salvou o
rock britânico
da Reportagem Local
O movimento acid house e sua
influência na música conseguiu
salvar o rock britânico da falência
criativa. Alguns dos álbuns mais
inovadores desta década foram
concebidos graças às centenas de
pílulas de ecstasy consumidas por
roqueiros que frequentavam as raves no final da década passada
(leia depoimentos ao lado).
A cidade industrial de Manchester era o centro. No lendário clube
Hacienda podiam ser vistos integrantes de dois grupos que deram
um passo à frente no rock inglês:
Stone Roses e Happy Mondays.
Essas bandas se tornaram os pilares do estilo indie dance, que
misturava batidas da house e guitarras melódicas do pop britânico.
Mas o Happy Mondays foi além:
em 90, convidou o DJ Paul Oakenfold para produzir o álbum "Pills
'n' Thrills and Bellyaches". Oakenfold foi um dos quatro DJs que
instituíram o verão do amor de 88.
No ano seguinte, na Escócia, o
Primal Scream, banda do ex-baterista do Jesus and Mary Chain,
Bob Gillespie, lança um álbum em
que todas as letras falam de um
único tema: "viajar" com o efeito
das drogas lisérgicas.
"Screamadelica" também contou com a produção de um DJ,
Andrew Weatherall, que ganhou a
confiança da banda depois de
transformar a faixa de rock "I'm
Losing You More Than I Ever
Had" no primeiro hit da banda, o
delicioso trip hop "Loaded".
Graças a pioneiros de cabeça
aberta como esses grupos, Noel
Gallagher, do Oasis, gravou com o
Chemical Brothers, o Prodigy
conquistou o mundo todo, e a
música britânica voltou a respirar
como no início dos anos 80.
(LF)
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