"Crônicas do Tempo" tem prévia na quinta no Centro Cultural SP

ADRIANA PAVLOVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Balé da Cidade de São Paulo tem uma clara intenção política ao participar da abertura da 29ª Bienal de São Paulo, no dia 25 de setembro, no parque Ibirapuera.
Lara Pinheiro, nova diretora da companhia e principal articuladora dessa atuação, diz que é a estreia do grupo de 42 anos na Bienal.
"Vamos tirar a companhia um pouco mais do seu templo, o Teatro Municipal, e passar a vinculá-la aos grandes eventos da cidade. Queremos ter a cara de São Paulo", diz Pinheiro, que, em junho, conseguiu levar o prefeito Gilberto Kassab pela primeira vez a um ensaio. Por enquanto, o Balé da Cidade é a única companhia de dança confirmada na programação paralela da Bienal.
O grupo também volta ao prédio do Ibirapuera em novembro para uma performance comandada por Susanne Linke. A bailarina e coreógrafa é discípula de Pina Bausch e um dos grandes nomes da dança alemã. Linke vem coreografar um espetáculo com estreia prevista para o ano que vem para a companhia.

LABORATÓRIO
Na abertura da Bienal de artes, o Balé da Cidade vai apresentar o resultado da primeira edição do Laboratório Criativo, projeto que envolve os bailarinos do grupo na criação coreográfica.
O espetáculo "Crônicas do Tempo" é dividido em quatro partes que têm como tema a passagem do tempo. Divide-se em uma movimentação mais lúdica, que trata da infância; movimentos mais radicais, que retratam a adolescência; as diferentes formas de amor (representadas em duos) para mostrar a maturidade; e o lado poético da velhice.
Tudo ao som de uma trilha composta por Ed Cortes, executada ao vivo pelo Quarteto de Cordas de São Paulo. Na Bienal, cada trecho, de dez minutos, será apresentado de hora em hora.
Antes disso, na próxima quinta-feira, a companhia faz uma pré-estreia gratuita do espetáculo no Centro Cultural São Paulo.