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Jovens dançam toré na Alemanha
da Agência Folha, em Salvador
Além do trabalho desenvolvido
por artistas famosos como Naná
Vasconcelos, Carlinhos Brown e o
grupo Olodum, a Bahia conta
também com o apoio de profissionais anônimos no incentivo às artes e à cultura.
Depois de ter estudado pantomima e teatro de máscaras na Suíça e
na Alemanha por oito anos, a professora baiana Eva Trochsler, 30,
decidiu voltar ao Brasil para desenvolver um projeto com jovens
índios, negros e mulatos interessados em expressar a cultura de
seu país por meio das artes.
O resultado de três meses de ensaio vai ser apresentado durante as
próximas duas semanas em Berlim (Alemanha), onde o grupo vai
representar o Brasil em um encontro de jovens artistas estrangeiros,
a convite do instituto Jagdschloss
Glienike.
Além dos alunos da professora
Trochsler, participam do encontro jovens artistas da Alemanha,
França, Equador e Portugal.
"Também vamos fazer workshops para que os participantes dos
vários países possam interagir e
aprender uns com os outros", disse Trochsler.
O grupo Máscaras e Identidade,
coordenado pela professora, é formado por nove estudantes de 16 a
21 anos.
O espetáculo conta a história do
encontro entre povos que lutam
pelo poder antes de aprender que a
felicidade está na união.
Todo encenado com máscaras
características da cultura popular
brasileira, o espetáculo inclui toré
(dança típica indígena), samba,
maculelê, ciranda e outras coreografias que representam as culturas africana, indígena e ibérica.
Dirigido pelo musicólogo Ricardo Souza, o trabalho musical é baseado em canções populares e em
melodias entoadas pelos tuxás
(tribo que vive no norte da Bahia).
"O trabalho foi escolhido pelo
instituto alemão porque é basicamente gestual, sem texto. Assim
fica mais fácil a compreensão da
nossa cultura por povos de outras
línguas", disse Trochsler.
(CG e LF)
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