São Paulo, segunda-feira, 03 de outubro de 2005

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MÚSICA

Nova versão da publicação busca tom mais adulto

Repaginada, revista "Bizz" revive seus 20 anos em caixa especial

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

A "Bizz" voltou -toda ela. Há alguns dias chegou às bancas a nova versão da revista, que tinha parado de ser publicada em seu formato tradicional, periódico, em julho de 2001. No final de semana, foi lançada uma caixa com sete CDs que contêm a edição completa da publicação.
O pacote traz, em formato digitalizado, os 192 números da revista, além de algumas de suas edições especiais. Estão ali reportagens, críticas, fotos e textos de todas as seções da "Bizz", como "Discoteca Básica" e "Ao Vivo".
"Começamos a lançar edições especiais, monotemáticas, em março deste ano. Isso esquentou o interesse dos leitores pelo retorno do formato clássico da revista. Mas a idéia do CD-ROM existia antes", diz o editor da "Bizz", Ricardo Alexandre, 30.
A caixa abrange toda a trajetória da "Bizz" nesses 20 anos em que se tornou a principal publicação brasileira destinada à música. E, de certa forma, marca uma mudança de caminho da revista.
"A "Bizz" surgiu direcionada ao público jovem. Em 1985, jovem era adolescente. Hoje, o jovem vai até os 35, 40 anos, são pessoas que têm estilo de vida pop", afirma.
"Os parâmetros do jornalismo musical mudaram. Quando a "Bizz" apareceu, o visual era inspirado na "Smash Hits" [revista britânica para adolescente], que vendia 1,5 milhão de exemplares por semana. Hoje, ela vende 100 mil. Depois, o parâmetro passou a ser a "The Face" [extinta revista britânica de estilo] e a "Spin" [revista americana de música]. Hoje, o sinalizador são as revistas direcionadas ao público adulto, como [as britânicas] "Mojo", "Word" e "Uncut". No Brasil, acreditava-se que quem comprava revista era gente de 13 anos, mas não é assim."
A "Bizz" ficou mais adulta, mas não virará as costas para o novo. "A preocupação é dimensionar o espaço para cada tipo de artista. É importante termos bandas contemporâneas, mas, no final, o que decidirá é a qualidade do artista. Se ele tem uma boa história, terá bom espaço. O Hyldon tem histórias muito mais saborosas do que, por exemplo, o Gram."

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