|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MÚSICA
Nova versão da publicação busca tom mais adulto
Repaginada, revista "Bizz" revive seus 20 anos em caixa especial
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
A "Bizz" voltou -toda ela. Há
alguns dias chegou às bancas a
nova versão da revista, que tinha
parado de ser publicada em seu
formato tradicional, periódico,
em julho de 2001. No final de semana, foi lançada uma caixa com
sete CDs que contêm a edição
completa da publicação.
O pacote traz, em formato digitalizado, os 192 números da revista, além de algumas de suas edições especiais. Estão ali reportagens, críticas, fotos e textos de todas as seções da "Bizz", como
"Discoteca Básica" e "Ao Vivo".
"Começamos a lançar edições
especiais, monotemáticas, em
março deste ano. Isso esquentou
o interesse dos leitores pelo retorno do formato clássico da revista.
Mas a idéia do CD-ROM existia
antes", diz o editor da "Bizz", Ricardo Alexandre, 30.
A caixa abrange toda a trajetória
da "Bizz" nesses 20 anos em que
se tornou a principal publicação
brasileira destinada à música. E,
de certa forma, marca uma mudança de caminho da revista.
"A "Bizz" surgiu direcionada ao
público jovem. Em 1985, jovem
era adolescente. Hoje, o jovem vai
até os 35, 40 anos, são pessoas que
têm estilo de vida pop", afirma.
"Os parâmetros do jornalismo
musical mudaram. Quando a
"Bizz" apareceu, o visual era inspirado na "Smash Hits" [revista britânica para adolescente], que vendia 1,5 milhão de exemplares por
semana. Hoje, ela vende 100 mil.
Depois, o parâmetro passou a ser
a "The Face" [extinta revista britânica de estilo] e a "Spin" [revista
americana de música]. Hoje, o sinalizador são as revistas direcionadas ao público adulto, como [as
britânicas] "Mojo", "Word" e "Uncut". No Brasil, acreditava-se que
quem comprava revista era gente
de 13 anos, mas não é assim."
A "Bizz" ficou mais adulta, mas
não virará as costas para o novo.
"A preocupação é dimensionar o
espaço para cada tipo de artista. É
importante termos bandas contemporâneas, mas, no final, o que
decidirá é a qualidade do artista.
Se ele tem uma boa história, terá
bom espaço. O Hyldon tem histórias muito mais saborosas do que,
por exemplo, o Gram."
Texto Anterior: Entusiasmado e constrangido, Rio assiste a "Garganta Profunda" Próximo Texto: Panorâmica - Personalidade: Mãe diz que Courtney Love se drogava aos 4 Índice
|