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São Paulo, segunda-feira, 03 de novembro de 2003

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FILMES NA TV

TV PAGA

Solteirão e morta-viva animam novas séries

FREE-LANCE PARA A FOLHA, DO RIO

Faz tempo que quem gosta de seriados não vê estrear uma boa comédia na TV paga. As preferidas do público -"Friends", "Scrubs" etc.- já têm alguns anos de idade, e as últimas séries novas a ter sucesso entre o público foram invariavelmente as policiais, como "CSI" e "CSI Miami".
Hoje à noite, os canais pagos vão tentar de novo trazer ao telespectador boas sitcoms: duas novas comédias estréiam nos canais Warner e Sony.
"Two and a Half Men", às 20h no Warner, é umas das poucas séries que não decepcionaram os executivos das TVs americanas, alarmados com os baixos índices de audiência das estréias de outono. Estrelada por Charlie Sheen, é mais uma das comédias familiares que tanto agradam aos americanos, mas nem sempre estão entre as mais vistas por aqui.
A história é básica, mas pode ser boa. Sheen é um solteirão boa-vida, que não se preocupa com ninguém, dirige um Jaguar, faz sucesso com as mulheres. Até que chega a sua casa -e para ficar- o irmão neurótico recém-separado, com quem nunca se deu bem, e seu filho de dez anos, o que, óbvio, vai mudar a vida do personagem.
A segunda, às 21h no Sony, promete trazer humor negro. "Dead like Me" mostra uma menina que não se dá bem em nada e com ninguém. Até que uma tampa de privada, vinda da estação espacial Mir, cai na sua cabeça -e ela morre, no primeiro capítulo. Mas não é o fim: ela se une a um grupo de uma espécie de mortos-vivos, obrigados a aprender "no além" o que não aprenderam em vida.
Se nenhuma agradar, restam poucas esperanças. Uma é a comédia romântica "I'm with Her", com argumento bem parecido ao do filme "Um Lugar Chamado Notting Hill" (homem comum vive romance com estrela de cinema), hoje às 20h30 no Warner.
A segunda é "Coupling", uma espécie de ""Friends" com sexo", que estréia às 21h30 de amanhã no Sony. Não é bom se animar muito. Versão americana de uma aclamada série inglesa, o seriado já corre o risco de ser cancelado nos EUA. (CLÁUDIA CROITOR)

Uma Joana anabolizada

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Às vezes, acrescentar o nome do autor ao título do filme é uma providência oportuna. E, se é certo que Luc Besson está longe de ter uma produção tão característica ou ilustre quanto as de Kurosawa ou Fellini (cineastas aos quais está associada essa prática), o nome "Joana d'Arc de Luc Besson" (Cinemax, 17h15) não deixa de vir a calhar.
Já houve Joanas européias e hollywoodianas, mudas e sonoras, mais voltadas à fé ou ao mundo. Mas a de Luc Besson é a única Joana d'Arc anabolizada de que se tem notícia.
Sua força não vem de Deus nem da pátria -resulta de musculação intensa. Isso não faz dela uma heroína mais física -que se oporia à metafísica de filmes passados: trata-se apenas, estritamente, de um espetáculo de força e coragem.

FILMES DE HOJE

Um Dia Especial
Globo, 15h50.

(One Fine Day). EUA, 96, 108 min. Direção: Michael Hoffman. Com Michelle Pfeiffer, George Clooney, Charles Durning. Dois divorciados, uma arquiteta e um jornalista, têm um dia coincidentemente atrapalhado, pois precisam cuidar dos respectivos e, ao mesmo tempo, vivem um momento decisivo em suas carreiras. Nessa, eles se conhecem. Nessa, se estranham. Nessa, claro, passarão a se interessar um pelo outro. Rotina total, em suma.

Fugindo do Inferno
Record, 21h15.

(Ofelas). Noruega, 87, 82 min. Direção: Nils Gaup. Com Mikkel Gaup, John S. Kristensen. As dificuldades encontradas por um grupo de esquimós perseguidos por homens brancos, em tempos imemoriais. Filme norueguês, o que é pelo menos uma curiosidade fora de festivais especializados.

Shaft
Globo, 22h20. EUA, 2000, 98 min. Direção: John Singleton. Com Samuel L. Jackson, Vanessa Williams. Havia curiosidade em torno da retomada de Shaft, detetive negro dos anos 70 que combate, ao mesmo tempo, o crime e o racismo. Mas, apesar de Jackson, o filme limita-se às convenções, não mais. Inédito.

Intercine
Globo, 2h20.

Para começar a semana, ficamos com o mais sufragado entre "Os Trapaceiros da Loto" (87, de Roger Young, com Michael Keaton, Rae Dawn Chong) e "O Rato que Ruge" (Inglaterra, 59, de Jack Arnold, com Peter Sellers, Jean Seberg). Para votar no primeiro filme, liga-se 0800.70.9011; o número para votar no segundo filme é 0800.70.9012 (o que vale em todas as sessões, de segunda a sexta).

O Desafio de um Guerreiro
Globo, 4h10.

(The Viking Sagas). EUA, 95, 83 min. Direção: Michael Chapman. Com Ralph Moeller, Sven-Ole Thorsen. Tendo o pai sido assassinado, Kjartan converte-se num jovem guerreiro disposto a tornar-se um viking de verdade para vingá-lo. Ralph Moeller, que o interpreta, é um ex-mr. Universo. Michael Chapman é mais famoso como diretor de fotografia. Inédito. (IA)


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