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Documentários reforçam a onda Che
do enviado especial
Alguém ainda aguenta novos enfoques do mito Che Guevara
(1929-1967)? Depois de quatro novas biografias e milhares de artigos
e especiais de TV, pela celebração
dos 30 anos da morte do guerrilheiro, eis que três novos documentários reforçam a onda Che.
Dois deles, o longa "Che: Morte
da Utopia?" e o curta "O Che Vive", foram lançados no Festival de
Leipzig. O terceiro, o longa francês
"Che - Uma Lenda do Século 20",
faz sucesso nos cinemas de Paris.
"Che: Morte da Utopia?" traz a
assinatura do veterano cineasta argentino Fernando Birri, 72. O filme é um documentário ensaístico
sobre o atual estado do pensamento utópico. Birri sai pelo mundo
perguntando: "Quem foi Che
Guevara?" e "Qual é sua utopia?".
Muito menos pretensioso é "O
Che Vive - Sua Querida Presença",
da argentina Matilde Michanié.
Trata-se de uma breve reportagem
sobre as faces do culto a Che. Pena
que o filme pareça mais um trailer.
Homenagem
O principal homenageado de
Leipzig 97 foi o cubano Santiago
Álvarez. Aos 78 anos, sofrendo do
mal de Parkinson, o documentarista oficial de Fidel Castro é o recordista de prêmios nos 40 anos da
história do evento. Venceu em
Leipzig cinco vezes, levando ainda
dois prêmios secundários.
A lista aumentou. Álvarez foi
saudado com uma Pomba de Ouro
especial e celebrado pelo lançamento de um documentário americano sobre sua obra, "Desenvolvimento Acelerado", de Travis
Wilkerson e Susan Fink.
(AL)
O crítico Amir Labaki está em Leipzig como
membro do júri internacional de documentários
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