São Paulo, segunda, 3 de novembro de 1997.




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Documentários reforçam a onda Che

do enviado especial

Alguém ainda aguenta novos enfoques do mito Che Guevara (1929-1967)? Depois de quatro novas biografias e milhares de artigos e especiais de TV, pela celebração dos 30 anos da morte do guerrilheiro, eis que três novos documentários reforçam a onda Che.
Dois deles, o longa "Che: Morte da Utopia?" e o curta "O Che Vive", foram lançados no Festival de Leipzig. O terceiro, o longa francês "Che - Uma Lenda do Século 20", faz sucesso nos cinemas de Paris.
"Che: Morte da Utopia?" traz a assinatura do veterano cineasta argentino Fernando Birri, 72. O filme é um documentário ensaístico sobre o atual estado do pensamento utópico. Birri sai pelo mundo perguntando: "Quem foi Che Guevara?" e "Qual é sua utopia?".
Muito menos pretensioso é "O Che Vive - Sua Querida Presença", da argentina Matilde Michanié. Trata-se de uma breve reportagem sobre as faces do culto a Che. Pena que o filme pareça mais um trailer.
Homenagem
O principal homenageado de Leipzig 97 foi o cubano Santiago Álvarez. Aos 78 anos, sofrendo do mal de Parkinson, o documentarista oficial de Fidel Castro é o recordista de prêmios nos 40 anos da história do evento. Venceu em Leipzig cinco vezes, levando ainda dois prêmios secundários.
A lista aumentou. Álvarez foi saudado com uma Pomba de Ouro especial e celebrado pelo lançamento de um documentário americano sobre sua obra, "Desenvolvimento Acelerado", de Travis Wilkerson e Susan Fink. (AL)


O crítico Amir Labaki está em Leipzig como membro do júri internacional de documentários


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