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Novo livro deverá ser publicado neste ano
da ``New York''
Como todo o resto que o cerca, o
livro mais recente de Pynchon é
rodeado por boatos. Há quase 20
anos se especulava que ele estaria
trabalhando num romance que teria algo a ver com a linha Mason-Dixon (linha imaginária ao
sul do Estado da Pensilvânia).
Seu publisher, Henry Holt,
anunciou um título que confirma
a conjetura: ``Mason & Dixon'' deverá ser lançado ainda em 1997. Segundo o jornal ``Washington
Post'', o manuscrito de mil páginas é ``uma releitura das vidas dos
topógrafos britânicos Charles Mason e Jeremiah Dixon''.
Segundo uma descrição, inclui
"indígenas americanos, habitantes das fronteiras do país, corpetes
rasgados, guerra naval, conspirações eróticas e políticas e abuso de
cafeína". Uma espécie de cruzamento de Thomas Pynchon com
Margaret Mitchell.
``As pessoas sempre têm informações erradas sobre seus livros'',
diz Roberts, o editor de Pynchon.
``Duvido que mesmo seus amigos
saibam do que trata o livro.''
Seja qual for o tema, o livro representa uma virada na reputação
do escritor. ``Pynchon começou
magnífico, e depois tivemos aquele livro terrível (`Vineland')'', diz o
crítico literário Harold Bloom.
``Espero que ele se redima.''
É difícil imaginar que, seja qual
for a reação a seu novo trabalho,
Pynchon possa recorrer à estratégia de anunciá-lo numa viagem de
divulgação. A revista ``Cups'', porém, informou recentemente que
é exatamente o que Pynchon anda
pensando em fazer. A idéia provoca risos em Lottchen Shivers, diretora de marketing de Holt.
Há quem pense que uma turnê
literária seria um desastre para
Thomas Pynchon. ``Apreciar a
obra de Pynchon é uma coisa muito sofisticada, e as pessoas que o
fazem não curtem esse tipo de
evento. Se você lê e compreende
seus livros, não quer vê-lo em carne e osso'', diz um agente literário.
E, na realidade, de que adiantaria? ``Não me importa se ele é sexy
ou não, se sabe criar frases de efeito ou se consegue conversar com
Oprah Winfrey sobre os problemas que o afligem. Ele e sua obra
possuem integridade total.
Pynchon é um tesouro nacional vivo, como dizem os japoneses'', diz
Jeff Seroy, diretor de publicidade
da Farrar, Straus & Giroux.
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