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POLÍTICA CULTURAL
Zelito Viana, que assinou abaixo-assinado em favor de Ferreira Gullar, responde a ataque de secretário do MinC
Objetivo de documento é "cabeça" de Sá Leitão, diz cineasta
DA SUCURSAL DO RIO
Em reação às novas críticas do
secretário de Políticas Públicas do
Ministério da Cultura, Sérgio Sá
Leitão, o cineasta Zelito Viana
disse ontem que um dos objetivos
do abaixo-assinado de apoio ao
poeta e colunista da Folha Ferreira Gullar é "a cabeça" do assessor.
"Na verdade, estamos pedindo
a cabeça dele. Quem é ele? Trabalho em cultura há 40 anos. Já passamos do tempo de acusar os outros de stalinistas", disse Viana.
Na última sexta-feira, o documento assinado por 30 artistas foi
encaminhado ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e ao ministro
da Cultura, Gilberto Gil. O abaixo-assinado é um protesto contra
a carta do secretário do ministério
publicada no dia 24 de dezembro
na Folha.
Nessa carta, o secretário criticava frase de Gullar durante sabatina da Folha e escrevia: "(...) Não
deixa de ser curioso um comunista criticar algo ou alguém por
uma suposta "centralização". A
"centralização" não era a marca registrada dos finados regimes stalinistas dos quais Gullar foi e segue
sendo um defensor?".
O ataque de Zelito Viana foi
uma réplica a e-mail de Sá Leitão
que, por sua vez, respondia ao
abaixo-assinado. Nele, Sá Leitão
dizia que sua carta não foi uma
iniciativa pessoal, mas do ministério. E afirmava ainda que Gullar
acionou sua tropa de choque e encontrou eco "no ócio de Luiz Carlos Barreto e Zelito Viana". Dizia
também que Barreto está à frente
do abaixo-assinado para se vingar
de não ter tido projetos aprovados nas seleções de patrocínio da
Petrobras e do BNDES, das quais
o secretário participou. Barreto
não foi localizado pela Folha para
responder à acusação.
"Ele [Sá Leitão] não sabe nada e
se arvora de porta-voz. Os caras
pensam que o Estado é propriedade deles. Não se pode mais criticar nada? Além disto, se você critica alguém agora tem que ser
acusado de de ser stalinista"",
acrescentou Viana.
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