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O monstro Godzilla no filme de Roland Emmerich de mesmo nome, que agora chega às locadoras

"Impacto Profundo", "Godzilla" e "Armageddon" chegam às locadoras para destruir o seu videocassete

LÚCIO RIBEIRO
Editor interino da Ilustrada

A culpa é dos cientistas americanos. Em 97 eles anunciaram ao mundo que o asteróide XF11 estava em uma viagem espacial em direção à Terra. O encontro, apocalíptico, se daria em outubro de 2028.
Se algo eficaz não fosse feito para tirar a pedra do meio do nosso caminho, a colisão reeditaria o que aconteceu há 65 milhões de anos, quando um cometa dizimou os dinossauros, como a ciência crê.
O anúncio desmentido no dia seguinte -cálculos refeitos, o asteróide passará a pelo menos 1 milhão de quilômetros da Terra- não conseguiu deter o oportunismo de Hollywood, que "abraçou" a idéia e despejou nos cinemas dois recordes de bilheteria de 98: "Impacto Profundo" e o barulhento "Armageddon", com Bruce Willis.
"Impacto Profundo" chega agora em vídeo e é menos irritante que seu rival de tela, cujo choque com as prateleiras das locadoras está programado para breve.
Tanto "Impacto Profundo" quanto "Armageddon" filmam a tentativa humana de parar a ameaça no espaço antes que ela venha causar estragos na Terra.
É difícil afirmar que esse tipo de filme vale o aluguel da fita, mesmo em nome do entretenimento. "Impacto Profundo" tal qual "Armageddon" são construídos sob roteiros esburacados, que levam a situações que beiram a estupidez. Mas, afinal, deve ser duro filmar o fim do mundo e mostrá-lo para devoradores de pipoca.
"Impacto Profundo" é, digamos, mais humano que o filme de Bruce Willis. Com atores melhores, divide o drama do asteróide com situações existenciais mais e(a)fetivas de quem sabe que não haverá amanhã, como consertar relacionamentos familiares abalados ou casar às pressas com a pessoa amada.
E se entrega moderadamente aos efeitos espaciais, o que de certa forma emporcalha bem menos que em "Armageddon". "Impacto Profundo" perde apenas em quesito ao filme de Bruce Willis: em "Armageddon", a destruição de Nova York tem mais classe.
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