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Catalogação das imagens é um quebra-cabeças
DO ENVIADO AO RIO
As 590 fotos "enroladinhas" guardavam não apenas um mistério, mas também formavam um imenso
quebra-cabeças. Com as
imagens novamente visíveis,
foi preciso identificá-las para catalogação. Três pesquisadoras trabalham na Biblioteca Nacional nessa tarefa. Elas tentam não só identificar o autor das imagens
mas também o local e até
mesmo a data.
"Até agora já passei dois
meses no Egito, um em
Pompéia e um no Japão",
brinca Késiah Pinheiro Viana, referindo-se aos temas
das imagens. A identificação
é facilitada graças ao confronto com outras fotos da
coleção Thereza Christina.
Do total, já se conhecem os
autores de 288 obras, sabe-se
que 93 pertenciam a estúdios e 209 continuam ainda
sob pesquisa.
"A identificação é difícil
pois d. Pedro ganhava muitas fotos, além de comprar
outras tantas nas três viagens que realizou como imperador. Naquela época, as
fotografias eram os suvenires", diz a historiadora Ana
Cristina Sá de Souza, uma
das três pesquisadoras envolvidas. Sabe-se ainda que
o imperador foi o primeiro
brasileiro a adquirir equipamento fotográfico, mas não
há registro, ao menos na Biblioteca Nacional, de que tenha feito uma entre as 20 mil do acervo. "Infelizmente
não surgiram fotos do imperador entre as enroladinhas", afirma Souza.
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