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São Paulo, terça-feira, 04 de fevereiro de 2003

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Catalogação das imagens é um quebra-cabeças

DO ENVIADO AO RIO

As 590 fotos "enroladinhas" guardavam não apenas um mistério, mas também formavam um imenso quebra-cabeças. Com as imagens novamente visíveis, foi preciso identificá-las para catalogação. Três pesquisadoras trabalham na Biblioteca Nacional nessa tarefa. Elas tentam não só identificar o autor das imagens mas também o local e até mesmo a data.
"Até agora já passei dois meses no Egito, um em Pompéia e um no Japão", brinca Késiah Pinheiro Viana, referindo-se aos temas das imagens. A identificação é facilitada graças ao confronto com outras fotos da coleção Thereza Christina. Do total, já se conhecem os autores de 288 obras, sabe-se que 93 pertenciam a estúdios e 209 continuam ainda sob pesquisa.
"A identificação é difícil pois d. Pedro ganhava muitas fotos, além de comprar outras tantas nas três viagens que realizou como imperador. Naquela época, as fotografias eram os suvenires", diz a historiadora Ana Cristina Sá de Souza, uma das três pesquisadoras envolvidas. Sabe-se ainda que o imperador foi o primeiro brasileiro a adquirir equipamento fotográfico, mas não há registro, ao menos na Biblioteca Nacional, de que tenha feito uma entre as 20 mil do acervo. "Infelizmente não surgiram fotos do imperador entre as enroladinhas", afirma Souza.


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