São Paulo, quarta, 4 de fevereiro de 1998

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FILMES INÁCIO ARAUJO

ESQUADRÃO DEMOLIDOR
Bandeirantes, 13h05. (The Last Match). EUA/Itália, 1991, 90 min. Direção: Larry Ludman. Com Ernest Borgnine, Charles Napier, Martin Balsam. Jogador de futebol americano luta para libertar a filha, presa por porte de drogas num país da América Central. Bons atores em aventura do desanimador italiano Ludman.

ASSASSINATO NO PARAÍSO
SBT, 13h40.
(Murder in Paradise). EUA, 1989, 94 min. Direção: Fred Walton. Com Maggie Han, Mako. Detetive traumatizado pelo assassinato da mulher retira-se e vai morar no Havaí. Até que lá aparece um assassino que usa as mesmas técnicas do que matou a mulher e ele se sente concernido. Inédito e obscuro.

A GRANDE FUGA
Globo, 15h15.
(Fast Getaway 2). EUA, 1993. Direção: Oley Sassone. Com Corey Haim, Cynthia Rothrock e Leo Rossi. Ex-ladrão de banco agora dá dicas de segurança para instituições financeiras e, investigando série de assaltos, descobre que a ex-parceira de seu pai está envolvida no caso.

L.A. SEM LEI
Bandeirantes, 17h30.
(L.A. Wars). EUA, 1993, 86 min. Direção: Martin Morris, Tony Kandah. Com A.J. Stephans, Johnny Venokur. Os prestigiosos diretores acima dirigem a história original de sempre: gangues de traficantes matam-se, disputando o poder do submundo de Los Angeles. Um policial durão tentará contê-los.

NOSSO AMOR DE ONTEM
CNT/Gazeta, 21h35.
(The Way We Were). EUA, 1973, 118 min. Direção: Sydney Pollack. Com Barbra Streisand, Robert Redford. A trajetória de um casal de contrários: Streisand é a judia ativista política; Redford, um roteirista de cinema wasp (o quatrocentão deles). O amor entre os dois começa nos anos 30 (casamento e supremacia dos intelectuais de esquerda), prossegue nos 40 (guerra) e entra nos 50 (caça às bruxas e fim do casamento). Como quase sempre, Streisand se põe de prima-dona, mas quem se destaca é Redford.

DRÁCULA DE BRAM STOKER
Bandeirantes, 21h40.
(Bram Stoker's Dracula). EUA, 1992, 128 min. Direção: Francis Ford Coppola. Com Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves. Como o título indica, a intenção de Coppola era fazer uma adaptação literal, ou quase, do romance de Bram Stoker sobre o conde Drácula. Com efeito, o melhor é o início, a pré-história de Drácula. Depois, o filme parece sofrer de certa afetação, derivada, em parte, da montagem eletrônica. No mais, Oldman não chega aos pés de um Bela Lugosi, por exemplo, o que não deixa de ser um problema.

INTERCINE
Globo, 23h40.
O eleito da quarta sairá da seguinte lista tríplice: "Seleção Natural" (1993, de Jack Sholder, com C. Thomas Howell, Lisa Zane), "O Céu sob Suspeita" (1990, de Frank Shields, com Michael Nouri, Darlenne Fluegel) e "O Príncipe das Marés" (1991, de Barbra Streisand, com Barbra Streisand, Nick Nolte).

MISTÉRIOS DO PASSADO
Globo, 2h10.
(Primal Secrets). EUA, 1994. Direção: Ed Kaplan. Com Ellen Burstyn, Meg Tilly. Burstyn faz a mulher rica que convoca a pintora Tilly para pintar o baile de debutante de sua filha. Aos poucos, as duas se tornam amigas. Aos poucos, também, Tilly percebe que há mistérios envolvendo o trabalho que faz, ligados à trágica morte da debutante.

CONDUTA IMPRÓPRIA
Bandeirantes, 2h15.
(Improper Conduct). EUA, 1994, 92 min. Direção: Jag Mundhra. Com Tahnee Welch, John Laughlin, Lee Anne Beaman. Quando processa o chefe por assédio sexual, garota (Welch) vê facetas não muito favoráveis de seu passado virem à tona. Perde a causa e morre misteriosamente. Sua irmã (Beaman) decide vingá-la. Tahnee é filha de Raquel Welch, o que não deixa de ser constrangedor.

ALVO MÓVEL
SBT, 2h30.
(Moving Target). EUA, 90 min. Direção: Enzo Castellari. Com Bud Spencer, Phillip M. Thomas e Juan Fernandez. Cientista vindo de Cuba é assassinado na frente de seus seguranças, que, sem saber, ficam com uma fórmula para salvar a camada de ozônio.
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TV PAGA
'Seven', o crime da irreflexão

da Redação

Há um limite a partir do qual o questionamento do espetáculo passa a ser apenas ético, e "Seven - Os Sete Crimes Capitais" (HBO, 0h) é o melhor exemplo recente dessa espécie de filme.
Há muitos casos de criminosos atrozes retratados pelo cinema. E a meditação sobre o crime, o pecado, o mal são matéria humana, demais humana, mesmo se pode ser chocante, ultrajante, escandalosa.
Mas o que "Seven" oferece à civilização? Uma série de crimes em que a atrocidade não vem do conteúdo, mas da forma obscena. E essa série é alinhavada como as etapas de um videogame. Não há reflexão, assim como não há terror: é o cinema das cócegas nos olhos em versão doentia, não mais. (IA)



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