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São Paulo, terça-feira, 04 de março de 2003

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FILMES

Confusão em Dose Dupla
Record, 14h.   
(Cops & Robbersons). EUA, 94, 92 min. Direção: Michael Ritchie. Com Chevy Chase, Jack Palance. Policial (Palance) arma campana, a fim de prender criminoso. Só que se instala ao lado da família Robberson, que está lá para transformar sua ação em comédia.

A Ladra
SBT, 14h15.   
(Burglar). EUA, 87, 102 min. Direção: Hugh Wilson. Com Whoopi Goldberg, Lesley Ann Warren. Whoopi é a gerente de livraria que usa sua vivacidade, nas horas vagas, para praticar audaciosos furtos. Seus problemas começam quando é incriminada e perseguida por um furto que não praticou e passa a ser devidamente perseguida. Agora, terá que usar sua esperteza para achar o criminoso verdadeiro e livrar-se dos policiais que estão no seu pé. Como quase sempre, as comédias de Whoopi vivem basicamente de seu talento, mas trazem algo interessante.

Será que Ele É?
Record, 21h.    
(In & Out). EUA, 97, 91 min. Direção: Frank Oz. Com Kevin Kline, Joan Cusack. Ao agradecer um Oscar, ator refere-se com especial carinho a um antigo professor, que ele diz ser gay. Bem, é a repercussão disso sobre a vida do homem, que mora numa cidadezinha e nega ser gay, que Oz explorará nesta comédia. Vale conferir.

Boogie Nights - Prazer sem Limites
SBT, 22h15.     
(Boogie Nights). EUA, 97, 152 min. Direção: Paul Thomas Anderson. Com Burt Reynolds, Julianne Moore. O mundo do pornô no fim dos anos 70, isto é, quando o que tem de libertador se perde para se tornar puro comércio. Brilhante filme que revelou Anderson.

O Homem Nu
Globo, 1h50.  
Brasil, 96. Direção: Hugo Carvana. Com Claudio Marzo, Lúcia Veríssimo. Inadvertidamente, um homem (Marzo) deixa fechar-se atrás de si a porta do apartamento. Ele está nu. Pessoas começam a aparecer. Na tentativa de se esconder, ele acaba atravessando a cidade do Rio de Janeiro. Esta segunda versão do conto de Fernando Sabino é bem inferior à realizada por Roberto Santos nos anos 60. O ponto de partida -um homem em situação incômoda- é exemplar. Mas, de algum modo, Carvana não parece ter encontrado o "timing" certo das gags, de maneira que o humor raramente aparece. O mais das vezes, tem-se a sensação de ver uma situação rápida esticada ao infinito.

Bilhete Premiado
Globo, 3h15.  
(The Ticket). EUA, 97, 117 min. Direção: Stuart Cooper. Com Shannen Doherty, James Marshall. Keith, sujeito de sorte, ganha US$ 23 milhões na loteria. Mas nem tanta sorte assim: o avião em que viaja com a família, quando vai buscar o prêmio, cai no deserto. Ele descobrirá que foi sabotagem de alguém disposto a ficar com o bilhete. Feito para TV. (IA)

Prazer do previsível

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Às vezes o cinema (ou a TV) sugerem o prazer da repetição. Como as crianças que gostam de ouvir a mesma história infinitas vezes, "Máquina Mortífera 4" (Warner, 13h) nos oferece basicamente o mesmo dos primeiros exemplares.
Explosões, correrias e, sobretudo, as figuras dos detetives Riggs e Murtaugh, o primeiro sempre mais audaz e o segundo cada vez mais precavido (à medida que a aposentadoria se aproxima).
É um pouco como ver as comédias de Laurel e Hardy, por exemplo: já sabemos desde sempre o que esperar, e é justamente isso que pode dar prazer -o previsível, o esperável com algumas variações.
Ninguém dirá, claro, que se trata de um grande filme. Mas convém perguntar quem está disposto a ver um grande filme hoje.



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