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DOCUMENTÁRIO
Especial traz lado afetivo e legal da adoção
CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL
Para quem ainda acredita que a
adoção seja simplesmente o ato
de preencher a lacuna provocada
pela ausência de filhos biológicos,
a série "Histórias de Adoção", que
o canal Discovery Health exibe a
partir de hoje, é uma boa oportunidade para rever esse conceito.
O programa terá capítulos semanais de 30 minutos, sempre às
sextas-feiras. As histórias narram
os desafios enfrentados por famílias dos EUA, da Coréia e da Guatemala, entre outros países, que
decidiram partir para a adoção,
mostrando as etapas legal e emocional desse processo.
Vencedora do Prêmio Emmy de
2004, a série conta na sua estréia a
história da família Taubman-Walker, de San Francisco (EUA).
Juntos há 13 anos, os homossexuais Mark, 43, e Todd, 46, assumiram a custódia de dois meninos negros, filhos de pais drogados, que precisavam de atenção
em razão de déficit cognitivo.
A história do casal gay consegue
reunir elementos que contrastam
com a realidade brasileira. No
país, casais homossexuais não são
autorizados a adotar crianças.
Eles têm contornado a proibição
com um dos parceiros assumindo
sozinho, perante a lei, a responsabilidade da adoção.
Outra diferença entre os dois
países é no quesito preferência.
Mais de 80% dos casais brasileiros
habilitados à adoção querem bebês brancos, com menos de um
ano de idade, situação inversamente proporcional à demanda
existente. Se estivessem no Brasil,
provavelmente os meninos adotados por Mark e Todd ainda estariam internados em abrigos, como estão cerca de 20 mil crianças.
Com forte apelo emocional, a
história do casal ensina que é preciso aceitar a adoção como uma
possibilidade de vinculação -legal e afetiva-, que não depende
da gestação, do sexo, da cor ou da
idade, mas da convivência e do
amor disponível para essa relação. Como, aliás, acontece com os
filhos biológicos.
Histórias de Adoção
Quando: hoje, às 13h30 e às 21h30, no
Discovery Health
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