São Paulo, sábado, 04 de março de 2006

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Ágora destaca mulheres e cidadãos

DA REPORTAGEM LOCAL

Ele permanecerá miolo do furacão, imponente, mordaz, sedutor, enfim, todas as variantes possíveis a um "herói-vilão". Mas as mulheres e o povo terão vozes mais dissonantes do que a versão original na outra montagem paulista de "Ricardo 3º", prevista para maio no Ágora Teatro.
Na adaptação de Celso Frateschi, também ele no papel-título da peça dirigida por Roberto Lage, personagens como a Rainha Margarida e Lady Ana, cujos maridos são assassinados por Ricardo 3º, têm poder de reação sublinhado.
Shakespeare escreveu um breve diálogo de três cidadãos no segundo ato, vizinhos que ruminam sobre as incertezas do reino. Essa participação é amplificada.
Recém-mergulhado numa adaptação de Dostoiévski ("Sonho de Um Homem Ridículo"), Frateschi diz que a idéia é colocar a história em perspectiva, mais de quatro séculos depois. Aponta também possibilidade na tragédia para entrever o drama psicológico desse homem. "Deseja ser reconhecido, mas quando finalmente consegue colocar a coroa, percebe que as cosas ainda não estão resolvidas", diz o ator. (VS)


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