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Tablóide teve influência sobre o jornalismo
DA REDAÇÃO
Embora a modernização
da imprensa brasileira seja
anterior a seu advento, o
"Pasquim" mudou convenções e imprimiu um tom
mais autoral e menos empolado à linguagem jornalística, posteriormente absorvido e reprocessado por veículos da grande imprensa.
Fenômeno editorial (chegou a vender 200 mil exemplares, algo considerável
mesmo hoje em dia), o tablóide, segundo Sérgio Augusto, acabou por dois motivos: "Censura e incompetência administrativa". A
equipe do jornal chegou a
ser presa pelo regime militar
e, segundo Sérgio, teriam
ocorrido desvios na área financeira.
Narcísico e anárquico, o
"Pasquim" também foi paroquial em sua "ipanemia"
-uma "doença fértil", como escreveu Caetano Veloso. O compositor posteriormente entrou em atrito com
o semanário, tendo manifestado, entre outras críticas,
discordâncias sobre a maneira como o grupo carioca
desprezava o dramaturgo
Nelson Rodrigues.
Mas nada disso retira a importância do "Pasquim", um
dos melhores espelhos de
uma época de obscurantismo oficial mas também de
qualidade e criatividade no
meio cultural.
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