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CRÍTICA
Gogó e trilha desencontram
DA REPORTAGEM LOCAL
Tem razão Ziggy Marley quando afirma que faz mais que
reggae. E é justamente esse algo
"mais" que salva, em muitos momentos, "Dragonfly".
Descontadas as óbvias -violãozinho e fogueira-, "Dragonfly" (a tal que fala das abelhas, das libélulas e dos cachorrinhos) e
"True to Myself", o álbum começa a esquentar mesmo na terceira
faixa, "I Get Out", flertando com o
dub (literalmente o "lado B do
reggae") e o rock funkeado.
É bem verdade que às vezes a
produção ensolarada deste "Dragonfly", aliada às letras próximas
da ingenuidade, podem aproximar o disco de Ziggy da mesmice
do pop reggae mundial dos últimos anos, mas, de certa forma, o
filho de Bob brilha por mérito
próprio em faixas como a atualíssima "Shalom Salaam". A voz, tão
parecida, quase assusta.
Novo milênio e as "positive vibrations" (vibrações positivas) jamaicanas sucumbem ao trompete triste de "Melancholy Mood".
Os "Good Old Days" (bons velhos dias) do estilo podem até sobreviver no gogó, mas certamente não na trilha de Ziggy.
(DA)
Dragonfly
Artista: Ziggy Marley
Gravadora: BMG
Preço: R$ 30, em média
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