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1967
Swinging
London foi o
"terremoto
jovem"
ERIKA PALOMINO
Colunista da Folha
O grande hype da mídia no momento é fazer associações da atual
conjuntura londrina com a
``Swinging London'' dos anos 60.
Do mesmo modo como a mídia da
época se deleitava.
A expressão (mal traduzida por
algo como a Londres que balança)
foi criada pela sacerdotisa do estilo
Diana Vreeland, então a toda poderosa da revista ``Vogue''.
Como agora, o que importava
era a cultura jovem, no que Vreeland batizou de ``youthquake'', ou
terremoto jovem. Por sua vez,
Vreeland fazia suas associações
com os anos 20, período da revolução modernista.
Na Swinging London, imperavam novas idéias de moda, estilo,
música e comportamento, junto a
um imbatível casting de personagens que acordava de manhã para
fazer história: Marianne Faithfull,
Twiggy (a Kate Moss de então) e
John Lennon, para dizer apenas alguns nomes.
A legitimidade e o frescor das
pessoas fizeram com que a moda
assumisse a força das ruas -agora, não apenas quem tinha dinheiro tinha estilo, mas todos os estratos da sociedade.
Imperavam os grupos da contracultura e os novos ídolos da
mídia, como os modernos
mods (de modernists, que também já tiveram seu revival há
coisa de duas temporadas). O
fotógrafo David Bailey (como
hoje os novos David Sims e Corinne Day, por exemplo) retratou toda essa juventude especial. Talvez a imagem-ícone do
momento seja a célebre foto de
Mick Jagger, com os lábios semi-abertos.
A King's Road e, sobretudo, a
Carnaby Street eram símbolos
daquele período, com a loja da
marca Mary Quant infestando a
cidade -e o mundo- com sua
minissaias. Hoje, virou ponto
de turistas e nem de longe lembra
seu glamour original. Agora, foi
comprada para tentar recuperar
seu poder, na esteira do troca-troca 60/90. É como se dizia na época
e ainda hoje: ``Mind the gap'' (Cuidado com o buraco).
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