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Documentário devia cair na Fuvest
da Reportagem Local
O documentário "The Filth and
the Fury", do cineasta Julien Temple e sobre a impagável banda
punk Sex Pistols, devia ser matéria obrigatória nas aulas de história em qualquer lugar do planeta.
Devia cair na Fuvest.
O filme é excelente para os que
se interessam pela trajetória única
da banda de Joãozinho Podre e de
Sid Viciado, mas tem bala para
atrair quem está a fim de testemunhar como se deu a mais marcante explosão da música pop no século, culturalmente, socialmente
e vários outros "mente", que
abarcam revolução de estilo, estratégia de marketing e mais.
Julien Temple, profundo conhecedor da revolução pistoniana, bota os hoje senhores Johnny
Rotten, Glen Matlock e Paul
Cook, com o rosto escondido pela
contraluz, para contar eles mesmos suas histórias.
Intercaladas com os depoimentos, vêm impressionantes e raras
cenas inéditas da banda que escreveu seu nome nos anais do
rock com apenas pouco mais de
dois anos de vida e um só disco
gravado.
É tudo verdade em "The Filth
and the Fury". Das cenas dos trabalhadores oprimidos ingleses se
digladiando com a polícia da rainha nas ruas de Londres às destruidoras sequências dos primeiros shows dos Pistols, até a fatal
turnê americana.
"The Filth and the Fury" é de
emocionar e dá para listar passagens infinitas: as assinaturas de
contrato e a posterior expulsão
das gravadoras; o divertido programa de horário nobre da TV inglesa que os tradicionais cidadãos
da época não ousaram comentar
no chá das cinco no dia seguinte
nem nunca; a raríssima e longa
entrevista com Sid Vicious falando que vai parar com as drogas;
Johnny Rotten narrando uma briga com a professora por causa de
Shakespeare, "um merda".
O documentário é exemplar ao
revelar a verdadeira medida da
importância de uma banda, que
não é a popularidade de sua música, mas sim a dimensão da lenda
que ela se torna.
Avaliação:
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