São Paulo, terça-feira, 04 de maio de 2004

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Megafestival promove as misturas que o mundo do pop pede há tempos

DO ENVIADO A ÍNDIO

Um megafestival de destaque não é feito só de paisagem paradisíaca no deserto, estrutura milionária e som impecável. O que deu sabor ao Coachella 2004 foi a mistureba que o pop pede já há algum tempo, a que sabe promover no mesmo evento bandas conhecidas demais como Radiohead e The Cure e nomes da vanguarda inglesa, como o jovem eletro-rapper Dizzee Rascal.
Coachella foi uma festa. Beck apareceu como convidado de última hora e superlotou uma das tendas, em show solo folk. Outro que surgiu do nada foi Fred Schneider (B-52's), em "Twist & Shout" (Beatles), no show da dupla dinamarquesa Junior Senior.
A música mais ouvida no começo do ano passado ganhou sua cara de house progressiva no set do festejado DJ inglês Seb Fontaine -"Seven Nation Army" (White Stripes) encerrou sua ovacionada apresentação. Não muito tempo depois, Josh Homme misturava com classe música indiana e rock viajante no fantástico show de sua banda Desert Sessions, com 12 músicos (até quatro baterias...).
O sábado seria fechado por dois grupos acima do bem e do mal. Primeiro pelo espetacular Radiohead, no palco principal, com Thom Yorke mostrando voz de tenor após duas semanas de inflamação na garganta e shows cancelados. E ainda os anciões alemães do Kraftwerk, deixando maravilhados a platéia da geração internet, com o mandamento "Music Non Stop". No domingo, os destaques foram o rapper inglês Dizzee Rascal, num show de rap tosco, o Flaming Lips, com o vocalista Wayne Coyne andando numa bolha de plástico no meio do público; e o Cure, no show mais longo do festival, de quase duas horas. (LR)


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