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Megafestival promove as misturas que o mundo do pop pede há tempos
DO ENVIADO A ÍNDIO
Um megafestival de destaque não é feito só de paisagem paradisíaca no deserto, estrutura milionária e som impecável. O que deu sabor ao Coachella
2004 foi a mistureba que o pop pede já há algum tempo, a que sabe
promover no mesmo evento bandas conhecidas demais como Radiohead e The Cure e nomes da
vanguarda inglesa, como o jovem
eletro-rapper Dizzee Rascal.
Coachella foi uma festa. Beck
apareceu como convidado de última hora e superlotou uma das
tendas, em show solo folk. Outro
que surgiu do nada foi Fred
Schneider (B-52's), em "Twist &
Shout" (Beatles), no show da dupla dinamarquesa Junior Senior.
A música mais ouvida no começo do ano passado ganhou sua cara de house progressiva no set do
festejado DJ inglês Seb Fontaine
-"Seven Nation Army" (White
Stripes) encerrou sua ovacionada
apresentação. Não muito tempo
depois, Josh Homme misturava
com classe música indiana e rock
viajante no fantástico show de sua
banda Desert Sessions, com 12
músicos (até quatro baterias...).
O sábado seria fechado por dois
grupos acima do bem e do mal.
Primeiro pelo espetacular Radiohead, no palco principal, com
Thom Yorke mostrando voz de
tenor após duas semanas de inflamação na garganta e shows cancelados. E ainda os anciões alemães do Kraftwerk, deixando maravilhados a platéia da geração internet, com o mandamento "Music Non Stop". No domingo, os
destaques foram o rapper inglês
Dizzee Rascal, num show de rap
tosco, o Flaming Lips, com o vocalista Wayne Coyne andando
numa bolha de plástico no meio
do público; e o Cure, no show
mais longo do festival, de quase
duas horas.
(LR)
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