São Paulo, sexta-feira, 04 de maio de 2007

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Novo volume da Coleção Folha destaca obra precursora de Goya

Leitor adquire publicação sobre o artista espanhol por R$ 12,90 mais a Folha

DA REPORTAGEM LOCAL

Em cartaz no Museu de Arte de São Paulo, em mostra com suas quatro séries de gravuras, e tema do recente livro "Os Fantasmas de Goya", de Jean-Claude Carrière e Milos Forman, o espanhol Francisco de Goya é dos artistas hoje com maior presença no país. No próximo domingo, será o tema do 5º volume da Coleção Folha Grandes Mestres da Pintura.
Artista que viveu em um período conturbado, marcado pela polarização entre as defesas racionais do Iluminismo, na França, e as perseguições obscuras da Inquisição, na Espanha, Goya (1746-1828) tem uma obra que, além da qualidade de sua pintura, teve profundo diálogo com seu tempo.
"É difícil imaginar Goya fora de sua época, de sua condição de homem liberal e comprometido com idéias renovadoras, de seu trabalho como pintor de câmara, da invasão das tropas napoleônicas, das contradições dos sentimentos religiosos", afirma a historiador espanhola Teresa Camps no volume.
Nesse sentido, Goya criou uma obra complexa, que não só retrata a nobreza espanhola, com quem possuía fortes vínculos, mas também o imaginário popular, como na obra "O Conciliábulo" (1797-1798), uma das obras analisadas na seção Galeria. Nessa pintura, o artista retrata um bode como se fosse o diabo, baseado em uma história real, segundo a qual duas irmãs teriam envenenado seus filhos para ofertá-los ao demônio.
A imagem, contudo, já antecipa as séries que o artista irá realizar no fim de sua vida, como "Os Caprichos", em cartaz no Masp, consideradas precursoras do surrealismo pela liberdade de criação que Goya nelas alcançou, livres "das obras encomendadas, nas quais o capricho e a invenção não têm excesso", como ele mesmo definiu.


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