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Novo volume da Coleção Folha destaca obra precursora de Goya
Leitor adquire publicação sobre o artista espanhol por R$ 12,90 mais a Folha
DA REPORTAGEM LOCAL
Em cartaz no Museu de Arte
de São Paulo, em mostra com
suas quatro séries de gravuras,
e tema do recente livro "Os
Fantasmas de Goya", de Jean-Claude Carrière e Milos Forman, o espanhol Francisco de
Goya é dos artistas hoje com
maior presença no país. No
próximo domingo, será o tema
do 5º volume da Coleção Folha
Grandes Mestres da Pintura.
Artista que viveu em um período conturbado, marcado pela polarização entre as defesas
racionais do Iluminismo, na
França, e as perseguições obscuras da Inquisição, na Espanha, Goya (1746-1828) tem
uma obra que, além da qualidade de sua pintura, teve profundo diálogo com seu tempo.
"É difícil imaginar Goya fora
de sua época, de sua condição
de homem liberal e comprometido com idéias renovadoras, de
seu trabalho como pintor de câmara, da invasão das tropas napoleônicas, das contradições
dos sentimentos religiosos",
afirma a historiador espanhola
Teresa Camps no volume.
Nesse sentido, Goya criou
uma obra complexa, que não só
retrata a nobreza espanhola,
com quem possuía fortes vínculos, mas também o imaginário popular, como na obra "O
Conciliábulo" (1797-1798),
uma das obras analisadas na seção Galeria. Nessa pintura, o
artista retrata um bode como se
fosse o diabo, baseado em uma
história real, segundo a qual
duas irmãs teriam envenenado
seus filhos para ofertá-los ao
demônio.
A imagem, contudo, já antecipa as séries que o artista irá
realizar no fim de sua vida, como "Os Caprichos", em cartaz
no Masp, consideradas precursoras do surrealismo pela liberdade de criação que Goya nelas
alcançou, livres "das obras encomendadas, nas quais o capricho e a invenção não têm excesso", como ele mesmo definiu.
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