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Cineasta abre as portas da ABL para a sua arte
COLUNISTA DA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS
Em 2006, Nelson Pereira dos
Santos se tornou o primeiro cineasta a entrar para a Academia Brasileira de Letras, e os
efeitos disso já se fazem sentir.
Em junho deste ano, nas comemorações do ano Machado de
Assis, a ABL promoverá em sua
sede no Rio um ciclo de filmes
inspirados na obra do escritor.
A retrospectiva, que deverá
seguir depois para outras cidades (entre elas, Florianópolis),
contará com 11 filmes, entre
longas e curtas-metragens.
"Fizemos um levantamento
e encontramos 20 títulos, mas
só existem cópias desses 11", diz
o diretor, que terá três trabalhos seus na programação: o
longa "Azylo Muito Louco"
(inspirado em "O Alienista"), o
curta documental "O Rio de
Machado de Assis" (feito para o
quarto centenário do Rio, em
1965) e o curta ficcional inédito
"Missa do Galo" (1978), baseado no conto homônimo.
De acordo com Nelson Pereira, "Missa do Galo" foi o piloto
de uma série de adaptações de
contos de Machado de Assis para a TV que acabou não vingando. Tem no elenco Isabel Ribeiro e Nildo Parente.
Entre outros títulos programados para a mostra, estão
duas adaptações de "Memórias
Póstumas de Brás Cubas" (as
de Julio Bressane e André Klotzel), "Capitu" (versão de Paulo
César Saraceni para "Dom Casmurro") e "Quincas Borba", o
controvertido último filme de
Roberto Santos.
Apesar de se julgar "muito
pouco acadêmico", Nelson Pereira diz que se sente muito à
vontade na ABL e destaca iniciativas da entidade ligadas ao
cinema, como o prêmio ABL de
adaptação literária, no valor de
R$ 50 mil, que na sua primeira
edição, em 2007, contemplou
Beto Brant pelo filme "Crime
Delicado", adaptado da novela
de Sérgio Sant'Anna.
"A imagem da Academia como um lugar estagnado é falsa.
Eles têm site na internet, uma
TV interna etc.", defende Nelson Pereira.
(JGC)
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