São Paulo, domingo, 04 de maio de 2008

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Cineasta abre as portas da ABL para a sua arte

COLUNISTA DA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

Em 2006, Nelson Pereira dos Santos se tornou o primeiro cineasta a entrar para a Academia Brasileira de Letras, e os efeitos disso já se fazem sentir. Em junho deste ano, nas comemorações do ano Machado de Assis, a ABL promoverá em sua sede no Rio um ciclo de filmes inspirados na obra do escritor.
A retrospectiva, que deverá seguir depois para outras cidades (entre elas, Florianópolis), contará com 11 filmes, entre longas e curtas-metragens.
"Fizemos um levantamento e encontramos 20 títulos, mas só existem cópias desses 11", diz o diretor, que terá três trabalhos seus na programação: o longa "Azylo Muito Louco" (inspirado em "O Alienista"), o curta documental "O Rio de Machado de Assis" (feito para o quarto centenário do Rio, em 1965) e o curta ficcional inédito "Missa do Galo" (1978), baseado no conto homônimo.
De acordo com Nelson Pereira, "Missa do Galo" foi o piloto de uma série de adaptações de contos de Machado de Assis para a TV que acabou não vingando. Tem no elenco Isabel Ribeiro e Nildo Parente.
Entre outros títulos programados para a mostra, estão duas adaptações de "Memórias Póstumas de Brás Cubas" (as de Julio Bressane e André Klotzel), "Capitu" (versão de Paulo César Saraceni para "Dom Casmurro") e "Quincas Borba", o controvertido último filme de Roberto Santos.
Apesar de se julgar "muito pouco acadêmico", Nelson Pereira diz que se sente muito à vontade na ABL e destaca iniciativas da entidade ligadas ao cinema, como o prêmio ABL de adaptação literária, no valor de R$ 50 mil, que na sua primeira edição, em 2007, contemplou Beto Brant pelo filme "Crime Delicado", adaptado da novela de Sérgio Sant'Anna.
"A imagem da Academia como um lugar estagnado é falsa. Eles têm site na internet, uma TV interna etc.", defende Nelson Pereira. (JGC)


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