São Paulo, sexta-feira, 04 de junho de 2004

Texto Anterior | Índice

ILUSTRADA

Antonio Carlos Secchin é eleito para a ABL

DA SUCURSAL DO RIO

O poeta, professor e crítico literário Antonio Carlos Secchin derrotou a arqueóloga e geóloga Maria Beltrão por 25 votos a 12 (com um voto em branco) e se tornou o novo imortal da Academia Brasileira de Letras. Secchin ocupará a cadeira 19, vaga desde a morte de Marcos Almir Madeira.
"Acho que eu sou um continuador da presença universitária na ABL. Alceu Amoroso Lima e Afrânio Coutinho foram catedráticos da UFRJ que depois se tornaram imortais. Eu sigo essa linha", disse Secchin, 51, o mais jovem dos acadêmicos.
"É uma sinalização de que pessoas de 50 anos também podem aspirar à Academia", completou.
Secchin estreou como poeta em 1973, com o livro "Ária de Estação". Três anos depois, foi incluído na histórica antologia "26 Poetas Hoje". Sua obra poética foi reunida em 2002 no livro "Todos Os Ventos".
Como crítico, escreveu obras como "Poesia e Desordem" e "João Cabral: A Poesia do Menos". É também dele o "Guia dos Sebos", que mapeia os sebos existentes em 14 capitais do país.
A votação de ontem foi o segundo turno da eleição. Em 4 de março, Secchin e Beltrão tinham sido os mais votados numa disputa que envolveu mais candidatos e passou por quatro escrutínios. No último, Secchin ficou com 15 votos e Beltrão, com 14. Como nenhum atingiu os 19, precisaram concorrer novamente.


Texto Anterior: Escritor se prepara para viagem ao Brasil com "guia"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.