São Paulo, sexta-feira, 04 de junho de 2010

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cinema

CRÍTICA AVENTURA

Jogo inspira ação acelerada com humor

Filme faz salada com clichês do gênero e com "As Mil e Uma Noites"

ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA

Demorou para "Príncipe da Pérsia" virar filme. Há 21 anos esse videogame é sucesso. E, se você é um produtor de cinema em Hollywood, a matemática é simples: quantos já jogaram esse game?
Quantos iriam aos cinemas ver um longa inspirado no jogo? Se o filme conseguir agradar a quem não conhece o game, melhor ainda.
É o caso desse "Príncipe da Pérsia - As Areias do Tempo": mesmo quem não conhece o jogo não tem problema em entender a história.
Até porque não há muita história para entender: o roteiro é uma salada que mistura "As Mil e Uma Noites" com todos os clichês de filmes de aventura possíveis.
Jake Gyllenhall ("O Segredo de Brokeback Mountain") faz um príncipe persa que busca uma adaga com a ajuda de uma princesa (Gemma Aterton, de "Fúria de Titãs").
Os cenários são lindos e as sequências de ação, aceleradas. O diretor Mike Newell ("Quatro Casamentos e um Funeral") ainda adiciona humor em diálogos espertos.
Mas a grande surpresa do filme é uma subtrama envolvendo a suspeita de um depósito secreto de armas em território inimigo e que leva à invasão deste. Alguma relação com o Iraque?
Outro detalhe é o uso de sotaque britânico para realçar o "exotismo" dos personagens. Para Hollywood, qualquer personagem esquisito, seja na Grécia antiga, seja na Pérsia, fala como se estivesse em Piccadilly Circus.


PRÍNCIPE DA PÉRSIA - AS AREIAS DO TEMPO
DIREÇÃO
Mike Newell
PRODUÇÃO EUA, 2010
COM Jake Gyllenhaal, Gemma Arterton e Ben Kingsley
ONDE nos cines Bristol, Kinoplex Itaim e circuito
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
AVALIAÇÃO bom



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