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cinema
CRÍTICA AVENTURA
Jogo inspira ação acelerada com humor
Filme faz salada com clichês do gênero e com "As Mil e Uma Noites"
ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA
Demorou para "Príncipe
da Pérsia" virar filme. Há 21
anos esse videogame é sucesso. E, se você é um produtor
de cinema em Hollywood, a
matemática é simples: quantos já jogaram esse game?
Quantos iriam aos cinemas ver um longa inspirado
no jogo? Se o filme conseguir
agradar a quem não conhece
o game, melhor ainda.
É o caso desse "Príncipe da
Pérsia - As Areias do Tempo":
mesmo quem não conhece o
jogo não tem problema em
entender a história.
Até porque não há muita
história para entender: o roteiro é uma salada que mistura "As Mil e Uma Noites" com
todos os clichês de filmes de
aventura possíveis.
Jake Gyllenhall ("O Segredo de Brokeback Mountain")
faz um príncipe persa que
busca uma adaga com a ajuda de uma princesa (Gemma
Aterton, de "Fúria de Titãs").
Os cenários são lindos e as
sequências de ação, aceleradas. O diretor Mike Newell
("Quatro Casamentos e um
Funeral") ainda adiciona humor em diálogos espertos.
Mas a grande surpresa do
filme é uma subtrama envolvendo a suspeita de um depósito secreto de armas em
território inimigo e que leva à
invasão deste. Alguma relação com o Iraque?
Outro detalhe é o uso de
sotaque britânico para realçar o "exotismo" dos personagens. Para Hollywood,
qualquer personagem esquisito, seja na Grécia antiga, seja na Pérsia, fala como se estivesse em Piccadilly Circus.
PRÍNCIPE DA PÉRSIA -
AS AREIAS DO TEMPO
DIREÇÃO Mike Newell
PRODUÇÃO EUA, 2010
COM Jake Gyllenhaal, Gemma
Arterton e Ben Kingsley
ONDE nos cines Bristol, Kinoplex
Itaim e circuito
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
AVALIAÇÃO bom
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