São Paulo, Sexta-feira, 04 de Junho de 1999
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VIDA BANDIDA
Corte e costura

VOLTAIRE DE SOUZA

Conversar sempre é bom. Idalvo não largava do telefone. Amizades. Negócios. Prazer. Casado há 15 anos. Planejava uma farra no feriadão. "Tudo OK, combinado. Desligo." Sua mulher se chamava Dilene. O ciúme e a tecnologia faziam sua parte. Ela grampeou o fone do escritório. Quando Idalvo chegou em casa, viu a tesoura na mão da mulher. Tentou explicar. "Foi linha cruzada. As ligações andam péssimas." Os percalços da privatização não o safaram de levar 15 pontos na região do pescoço. Tenta agora costurar um casamento em frangalhos. Quem cuida da garganta fala pouco.


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