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ARTES PLÁSTICAS
Terceira edição da Bienal do Mercosul, que acontecerá em outubro, contará com 84 obras dos artistas
Porto Alegre recebe Diego Rivera e Edvard Munch
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
A 3ª Bienal do Mercosul, que se
realiza entre 15 de outubro e 16 de
dezembro em Porto Alegre, trará
ao Brasil 84 obras do artista plástico mexicano Diego Rivera (1886-1957) e do norueguês Edvard
Munch (1863-1944).
Diego Rivera, ex-marido da
também artista plástica Frida Kahlo, é tido como o principal nome
das artes plásticas mexicanas de
todos os tempos.
Edvard Munch é um dos precursores mundiais do que depois
passou a ser conhecido como arte
moderna.
O acervo de Rivera, que conta
com 52 retratos, abarca todas as
fases do artista e, depois de encerrada a 3ª Bienal do Mercosul em
Porto Alegre, segue para uma exposição na Pinacoteca do Estado
de São Paulo.
O dinamarquês Jens Olesen, comissário especial do evento, garante que nunca antes uma coleção de Rivera com tantos e tão representativos originais deixou o
México.
Essa mostra, que acontece em
Porto Alegre e São Paulo, será,
portanto, histórica.
Quatro empresas sustentarão a
vinda do acervo, que foi selecionado metodicamente por Juan
Coronel Rivera, sobrinho do artista mexicano.
De Munch, serão 12 óleos e 20
gravuras, elaborados entre 1890 e
1940 e que, expostos no Museu de
Bergen, nunca vieram para a
América Latina.
Rivera tem na motivação sociológica a base de sua obra, em que
predominam imagens de trabalhadores e indígenas mexicanos
explorados.
Edvard Munch, com seus desenhos, litografias, pinturas e xilografias, tinha a preocupação intimista de retratar a angústia humana. Sua obra mais conhecida é
"O Grito".
A bienal acontecerá em diversos
pontos da capital gaúcha, mas as
obras dos dois artistas serão expostas na Pinacoteca do Margs
(Museu de Arte do Rio Grande do
Sul Ado Malagoli), localizada na
Praça da Alfândega.
Além de Munch, haverá, de fora
da América Latina, 20 obras do israelense-dinamarquês Tal R, 32, e
oito do chinês Fang Lijun, 37.
Racionamento
A 3ª Bienal do Mercosul antecipará em uma hora o encerramento das mostras (o horário que era
das 10h às 22h, passa a ser das 10h
às 21h), por força do racionamento de energia, mesmo que o que
tenha chegado ao Sul do país seja
ainda apenas uma recomendação
de economizar 7% da sua energia
elétrica.
Há, também, um acordo com a
Faders (Fundação de Atendimento ao Deficiente e ao Superdotado
do Rio Grande do Sul) para possibilitar o acesso a excepcionais na
edição deste ano e, também, nas
dos próximos anos.
Serão 120 artistas, com 400
obras de 14 Estados brasileiros.
Entre os estrangeiros, estarão representados os seguintes países:
Argentina, Uruguai, Paraguai,
Bolívia, Chile e Peru (convidado
especial).
Além do Margs, o evento ocorrerá no Centro Cultural Santander (na Praça da Alfândega), no
hospital psiquiátrico São Pedro
(avenida Bento Gonçalves) e no
parque Maurício Sirotsky Sobrinho.
Apelo contemporâneo
Apesar do apelo histórico representado por Diego Rivera e Edvard Munch, as obras apresentarão, em sua maioria, abordagens
contemporâneas.
Haverá apresentações, entre outros, dos artistas brasileiros Daniel Senise, Adriana Varejão, José
Resende, Nuno Ramos, Márcio
Giannotti, Marcos Coelho Benjamin e Karin Lambrecht.
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