MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REPORTAGEM LOCAL

Tommy Cadle é um garoto de 13 anos normal: mora com sua mãe e seus bichos de estimação numa casa em frente à praia. O único porém é que a casa de Tommy é um farol e seus bichinhos são alienígenas da dimensão Conforma.
"Mascotes Extraterrestres", animação em computação gráfica que estréia hoje no Cartoon Network, conta as aventuras de Tommy com seu quinteto de ETs: Dinko, o mais inteligente e próximo do garoto; Gumper, o monstro grande, forte e emotivo; Swanky, um bicho azul, egoísta e com tendências aristocráticas; Scruffy, o "cachorro alien" de estimação, e o incontrolável Flip.
Despreocupado, preguiçoso e "low profile", Tommy gosta de viver sem problemas, sem confusões e, de preferência, sem ser notado. Mas, além do quinteto extraterrestre, ele precisa lidar com duas vizinhas incômodas: a mandona e certinha Melba e a típica nerd de óculos Gabby, que, ainda por cima, é apaixonada por ele.
Em termos de animação gráfica, o desenho segue o estilo hipercolorido e ágil de similares como "Jimmy Neutron". É computação tecnicamente bem feita, com aquele estilo de "cabeções" para os seres humanos. Em termos de roteiro, no entanto, o desenho fica aquém do esperado.
Como acontece em muitas animações, especialmente nas que utilizam tecnologia de ponta, aqui o roteiro serve de mera desculpa para que os mais variados efeitos visuais apareçam na tela. Humor, aventura, boas histórias, tudo isso é deixado em segundo plano em prol da computação.
Para ser justo com o desenho, ele não pretende ser voltado para o público adulto. Na verdade, nem para o público adolescente -daí dispensar um bom enredo. Há uma maneira fácil de definir a audiência que ele busca (até pelo horário em que é exibido): se você está lendo este texto, muito possivelmente já passou da idade para assistir e gostar desse desenho.